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Nos 50 anos de ‘Blue’, Joni Mitchell é redescoberta por novas gerações

De Taylor Swift a Olivia Rodrigo, a influência da cantora canadense é sentida em novas letras confessionais sobre relacionamentos amorosos fracassados

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jun 2021, 12h30 - Publicado em 22 jun 2021, 09h26

Há exatos 50 anos, a cantora Joni Mitchell, então com 27 anos, lançou Blue, disco que entrou para a história da indústria musical. Mesmo depois de cinco décadas, o álbum continua provando a força de suas canções por meio da quantidade de novos artistas que se dizem influenciados pela obra da canadense ou fazem covers de suas canções. Mas, mais do que isso, o álbum, ao lado de Tapestry, de Carole King, também lançado há 50 anos, desafiou o machismo vigente na música pop e no rock ao falar de relacionamentos amorosos fracassados, gravidez fora do casamento e da entrega de seu bebê para adoção.

O disco, que foi produzido após o término do relacionamento com o então namorado Graham Nash, é um dos mais confessionais já escritos por ela e voltou aos holofotes recentemente ao ser redescoberto por cantoras como Taylor Swift, Ellie Goulding e Olivia Rodrigo. Não por acaso, Taylor Swift é frequentemente comparada à artista – não tanto por sua voz, já que o timbre de Mitchell é inimitável – e, sim, por também falar abertamente em suas letras de sua vida amorosa. Taylor, inclusive, chegou a ser sondada para interpretar Mitchell em uma cinebiografia, mas foi descartada pela própria homenageada. Já a cantora britânica Ellie Goulding e a nova aposta da música pop, a americana Olivia Rodrigo, regravaram recentemente a música Rivers, uma das mais famosas do álbum. 

A TV também deu um empurrãozinho para “ressuscitar” Joni Mitchell. A popular série This Is Us presta constantes homenagens à cantora, já que sua protagonista, Rebecca Pearson, interpretada por Mandy Moore, é grande fã de Joni — e, nos anos 70, sonhava em ser uma cantora como ela. Na trilha sonora, estão hits incontornáveis de Mitchell, como Both Sides Now, Big Yellow Taxi e California, além de Our House, do grupo Crosby, Stills, Nash and Young, do qual fez parte Graham Nash, ex de Joni que inspirou Blue — ele compôs a faixa na casa em que o casal vivia.

Para além da influência na cultura pop, o álbum é notável pela coragem de Joni, que abordou temas que até hoje são tabus. É o caso, por exemplo, da dramática música Little Green, em que fala sobre a filha que ela entregou para a adoção quando ela ainda estava na faculdade. A gravidez, ocorrida quando ela era solteira, foi vista por sua família como um escândalo e o aborto estava fora de cogitação. Sem condições de criar a criança, ela tomou a dificílima decisão de entregá-la para outra família. A cantora só iria conhecer a filha mais de 20 anos depois, em 1997, descobrindo também que já era vovó.

A qualidade artística do álbum é refletida ainda nos nomes envolvidos em sua produção, como Stephen Stills, que toca baixo e guitarra, e James Taylor, também na guitarra. Mas, na maioria das canções, o mérito é todo de Joni, que está sozinha ao piano ou ao violão, com seu jeito único de cantar e que até hoje segue influenciando gerações.

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