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‘Netflix dá mais liberdade que a TV’, diz produtor de ‘Hemlock Grove’

Eli Roth, produtor e diretor de filmes como ‘Cabana do Inferno’ e ‘O Albergue’, diz ter tido carta branca para criar cenas como a da líder de torcida menstruada que é atacada por um vampiro na série de suspense, já que o serviço de streaming sobrevive de assinaturas e não de intervalos comerciais

Por Rafael Costa
23 ago 2014, 08h18

Cenas de sexo, violência explícita, criaturas aterrorizantes e banhos de sangue. Esses são alguns dos elementos de Hemlock Grove, série original do Netflix que conquistou o público e uma segunda temporada, recém-lançada no Brasil. O triunfo, segundo o produtor executivo Eli Roth, produtor e diretor de longas como Cabana do Inferno e O Albergue, deve-se à liberdade dada pelos donos do serviço de streaming, que independe de patrocinadores, já que se paga com assinaturas. “O que eu gosto no Netflix é que eles me deixam fazer uma série de terror realmente aterrorizante, e não se espantam com nada que seja mais forte ou que cause controvérsia. Pelo contrário: controvérsias geram comentários nas redes sociais, e para eles isso é ótimo”, afirmou Roth, que esteve no Brasil esta semana para divulgar o trabalho ao lado das atrizes Famke Janssen (X-Men) e Madeline Brewer (Orange is the New Black).

Hemlock Grove é baseada no romance do escritor americano Brian McGreevy, que também trabalha como produtor-executivo da série. A trama se inicia quando o corpo de uma garota é encontrado nos arredores de uma fábrica na pequena cidade que dá nome ao seriado, situada no interior da Pensilvânia, Estados Unidos. A partir daí, rumores a respeito do autor do crime se espalham entre os habitantes – assim como como vampiros, lobisomens e seres sobrenaturais. As duas temporadas da série estão disponíveis para assinantes.

Em entrevista dada ao site de VEJA durante sua passagem por São Paulo, Eli Roth disse que muitas cenas e tramas da série dificilmente seriam aceitas na televisão, onde os diretores, roteiristas e responsáveis pela programação são obrigados a se preocupar com contratos comerciais e, consequentemente, com o que seria ou não aceitável para o público. Exemplo da liberdade recebida por Roth e equipe é a cena em que um vampiro à procura de sangue segue uma líder de torcida menstruada até o banheiro do colégio, a hipnotiza e faz sexo oral nela.

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“Eu sugeri isso ao Netflix e eles disseram: ‘Nossa, isso é bem doentio. Nós amamos'”, contou rindo o produtor-executivo, que tem como um de seus principais tutores o diretor Quentin Tarantino, com quem trabalhou nos longas À Prova de Morte (2007) e Bastardos Inglórios (2009). “O Netflix sabe que esses momentos irão definir a série e fazer com que as pessoas comentem depois no Twitter e no Facebook.” Pelo menos até o momento, o choque tem rendido bons frutos ao canal, que graças a Hemlock Grove, entre outras produções, viu o número de assinantes aumentar de 30 milhões para 50 milhões no último ano.

Responsável por interpretar a personagem Olivia Godfrey na série, Famke Janssen corroborou o que disse Roth. “O Netflix é diferente da televisão tradicional, em que os escritores têm que se preocupar com intervalos comerciais e a maneira como cada episódio vai acabar”, afirmou a atriz, que já trabalhou em seriados na televisão como Melrose Place (1992) e The Untouchables (1993), além da franquia X-Men, em que faz a mutante Jean Grey .

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