O filme policial “Não haverá paz para os malvados” foi o grande vencedor da 26ª edição do prêmio Goya, considerado o Oscar do cinema espanhol, com seis prêmios, entre eles o de melhor filme e melhor diretor para Enrique Urbizu.
O filme de Urbizu superou o thriller de Pedro Almodóvar “A pele que habito”, o western “Blackthorn”, de Mateo Gil, e o drama histórico, “La voz dormida”, de Benito Zambrano.
Com 14 indicações, o filme de Urbizu não era o grande favorito, já que o filme de Almodóvar concorria a 16 prêmios.
Seu protagonista, José Coronado, foi premiado com o Goya de melhor ator por sua interpretação de Santos Trinidad, um inspetor de polícia corrupto que se envolve em um triplo assassinato.
O filme narra a história do inspetor Trinidad que, enquanto investiga o desaparecimento de uma mulher, se vê envolvido em um tiroteio que termina com três mortos e uma testemunha em fuga.
Trinidad precisa localizar a testemunha para provar o ocorrido, mas, à medida que avança em sua investigação, ele descobre que por trás do que parecia ser uma disputa entre narcotraficantes estava uma conspiração mais perigosa do que acreditava.
Pouco conhecido fora da Espanha, Urbizu, diretor basco de 49 anos especialista em cinema policial, é diretor de filmes como “La vida mancha” (2003) e “La caja 507” (2002), filme premiado com dois Goya.
Ele também foi roteirista de “A nona porta” (1999), filme do cineasta franco-polonês Roman Polanski baseado no romance “O clube Dumas”, do escritor espanhol Arturo Pérez Reverte.