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Na pandemia, brasileiros consumiram mais cultura na internet, diz pesquisa

Levantamento realizado pelo Itaú Cultural e Datafolha mostra também que população quer manter hábito após a volta à normalidade

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jul 2021, 12h32 - Publicado em 22 jul 2021, 11h59

Durante a pandemia da Covid-19, os brasileiros consumiram mais atividades culturais no mundo virtual e pretendem manter o hábito após a volta à normalidade. Além disso, problemas de saúde mental afetaram uma parcela significativa da população no período de confinamento e distanciamento social, e a programação online ajudou a superar essas adversidades. Estas são as principais conclusões da pesquisa Hábitos Culturais II, realizada pelo instituto Itaú Cultural e pelo Datafolha e divulgada nesta quinta-feira, 22. No levantamento, foram ouvidas 2.276 pessoas em todo o País, entre os dias 10 de maio e 9 de junho.

Após o início da pandemia, 76% dos entrevistados passaram a se conectar todos os dias à internet . Como consequência, houve aumento do consumo de atividades no mundo virtual. Em 2020, o índice era de 71%. “Queremos voltar, precisamos de contato físico”, diz Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. “Mas há também um desejos de continuar com os eventos culturais por meio virtual. Esse equilíbrio entre o presencial e o digital será um grande desafio para o mundo da arte e da cultura.”

Diante da oferta simultânea de shows de música ao vivo e online, 62% optariam pela experiência presencial, mesma taxa observada entre os visitantes de centros culturais. Em apresentações de circo, teatro ou dança, o presencial é a forma preferida de 64% dos respondentes. O mesmo ocorre nas apresentações infantis.

Também têm alta aderência à experiência presencial as aulas e oficinas de arte (65%), as exposições e museus (63%) e as oficinas de criação para crianças (84%). Já entre os espectadores de seminários e de projetos artísticos guiados, os índices de opção pelo presencial são menores: 52% e 48%, respectivamente.

Nesta nova rodada, 42% disseram que estão sentido falta de entretenimento e diversão como consequência do fechamento das atividades culturais. No ano passado, o índice era de 38%. A pesquisa mostra ainda que, segundo 41% dos entrevistados, o que mais faz falta nesse cenário são as interações com outras pessoas. Em 2020, o índice alcançava 20% da amostra.

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A pesquisa revela ainda que 36% dos entrevistados relataram problemas de saúde mental em algum morador da sua residência no último ano. O Rio Grande do Sul foi a região do país com a maior incidência de casos, com 43% de entrevistados apontando a ocorrência do problema. No Norte e Centro-Oeste, 32% dos lares apresentaram casos semelhantes no mesmo período. O Sudeste registrou 34% de incidência e, no Nordeste do país, o índice foi de 36%. A região metropolitana do Rio de Janeiro registrou o 46%. Na região metropolitana de São Paulo, o indicador ficou na casa de 38%.

Se houve aumento de problemas de saúde mental, a pesquisa mostrou também que o impacto das atividades culturais foi positivo. Para 44% de quem realizou ao menos uma atividade cultural ao longo do último ano, a iniciativa melhorou a qualidade de vida; 48% dizem que diminuiu o estresse e ansiedade; 55% apontaram melhora no relacionamento com outras pessoas com as quais convivem. De acordo com o levantamento, 49% perceberam diminuição da solidão – no levantamento anterior eram 54% – e 51% relataram diminuição da sensação de tristeza. “Mais arte e mais cultura significa melhora na saúde pública”, completa Saron.

Cada ponto percentual representa cerca de 1,5 milhão de pessoas. Ou seja, quando  houve aumento de 20% para 40% no número dos que viram shows ou apresentações online, significa que houve um aumento de 30 milhões para 60 milhões de pessoas que vivenciaram a experiência.

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