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Museu suíço aceita coleção de Cornelius Gurlitt

Idoso alemão possuía obras roubadas dos judeus pelos nazistas

Por Da Redação
24 nov 2014, 11h35

O Museu de Arte de Berna, localizado na capital da Suíça, informou que aceitará a coleção de arte do alemão Cornelius Gurlitt. O idoso, morto em maio deste ano, foi descoberto em 2012 com mais de 1.400 obras de arte de origem duvidosa em seu apartamento, entre elas Picasso, Matisse e Chagall. Boa parte do acervo é apontado como fruto de roubos feitos pelos nazistas às casas de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

As telas identificadas como espoliadas permanecerão conservadas na Alemanha, até serem devolvidas às famílias originais. As demais serão transferidas para Berna, como desejava o testamento deixado por Gurlitt. Uma prima do alemão, Uta Werner, 86 anos, reclamou na Justiça a herança. O valor do acervo é calculado em dezenas de milhões de euros, segundo a imprensa alemã.

Christoph Schaeublin, presidente da Fundação do Museu de Belas Artes de Berna, informou em Berlim que trabalhará com as autoridades alemãs para que as obras roubadas da coleção sejam devolvidas aos proprietários. Três obras de arte saqueadas de judeus, incluindo um quadro de Matisse, roubado do marchand Paul Rosenberg, avô da jornalista francesa Anne Sinclair, ex-esposa do ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Khan, serão restituídas “imediatamente”, de acordo com Monika Grutters, secretária alemã de Cultura.

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Gurlitt era filho de um marchand que recebeu de Hitler a missão de saquear as obras de museus e colecionadores judeus, muitos deles mortos nas câmaras de gás. Durante uma inspeção, as autoridades localizaram o tesouro no abarrotado apartamento do idoso. Mais de 300 obras também foram encontradas em uma casa em ruínas do colecionador em Salzburgo (oeste da Áustria).

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Apesar de Gurlitt nunca ter sido acusado pela Justiça, as autoridades alemãs confiscaram todas as obras de Munique e as transportaram para um local secreto. Mesmo com o acordo entre as três partes, o destino da herança ainda pode ser objeto de debate.

O presidente do Congresso Judaico Mundial, Ronald Lauder, declarou recentemente à revista alemã Der Spiegel que o museu suíço não deveria aceitar a herança. “Abrirá uma caixa de Pandora e provocará uma avalanche de demandas”, advertiu Lauder.

(Com agência France-Presse)

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