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Mosaicos romanos danificados em restauração na Turquia

Autoridades locais vão investigar o caso, que lembra o ocorrido na Espanha, em 2013, quando uma velhinha distorceu um afresco do século XIX

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h33 - Publicado em 7 Maio 2015, 10h17

Pelo menos dez mosaicos romanos foram danificados durante um processo de restauração no Museu de Arqueologia de Hatay, na Turquia. Marcadas pelo tempo, as obras foram submetidas a um procedimento que deveria recuperá-las, mas acabou deixando-as mais distantes de suas versões originais. O caso faz lembrar o da famosa “velhinha de Borja”, que em 2013 descaracterizou completamente um afresco feito em uma igreja da Espanha no século XIX. Questionada pela imprensa, a restauradora amadora se justificou dizendo que ainda não havia terminado o trabalho.

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A diferença para o episódio da Turquia é que, em tese, os restauradores do museu de Hatay seriam profissionais. O descuido da instituição não deve ficar impune, porém: autoridades locais iniciaram uma investigação sobre o procedimento a que os mosaicos foram submetidos para identificar culpados. O painéis históricos abrigados no museu, alguns datados do século II, fazem parte de uma das maiores coleções existentes no mundo e são conhecidos mundialmente. Os mais famosos descrevem o sacrifício de Isaac e o mito de Narciso.

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Um dos primeiros a questionar as alterações nas obras foi um artesão da comunidade, Mehmet Daşkapan. “Valiosas peças da época romana foram arruinadas. Elas tornaram-se caricaturas das originais. Algumas estão em mau estado e perderam a sua originalidade e valor”, disse ao jornal britânico The Guardian. “O painel que eu vi não pode ter sido o mosaico original do século II. Faltam algumas de suas pedras, enquanto outras foram realocadas, criando um quebra-cabeça sem sentido.” Suas preocupações foram ecoadas por Sefik Çirkin, um parlamentar que chamou a restauração de “um massacre da história”.

Segundo o Guardian, um funcionário do Ministério da Cultura confirmou que ocorreram “práticas errôneas” durante a restauração, que ele atribuiu à “adição de peças do mosaico” que não estavam nos originais. Ele ainda confirmou que todas as outras restaurações foram interrompidas até que a questão seja esclarecida.

Em contrapartida, o porta-voz do ministério saiu em defesa dos restauradores e alegou que todos os envolvidos tinhamanos de experiência na atividade. Quando questionados, os responsáveis pela restauração negaram todas as acusações de irregularidades e afirmaram que as imagens veiculadas na mídia local não eram condizentes com a realidade.

(Da redação)

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