‘Modern Love: Tokyo’: Japão atesta fórmula mesmo com toque recatado
Série da Amazon Prime Video ganha versão ambientada no país asiático e mantém veia romântica e dramática
Após duas temporadas marcantes de Modern Love, a Amazon Prime Video lançou nesta sexta-feira, 21, a versão japonesa da série antológica de histórias de amor baseada em cartas enviadas ao The New York Times. Nos sete episódios de Modern Love: Tokyo, um elenco de atores japoneses, com exceção da americana Naomi Scott, dão vida a romances modernos, mas com um toque recatado típico da cultura local: não há beijos ou cenas de sexo – não que estes fossem os atrativos da versão original.
O primeiro episódio narra a saga de Mari (Atsuko Maeda), uma executiva de sucesso que acabou de ter seu segundo filho com a mulher (vivida por Asami Mizukawa), e luta para, usando uma bombinha, tirar e estocar leite para o bebê durante uma viagem de negócios na Singapura. A protagonista vive em embate com a própria mãe, que lhe havia dado fórmula na infância, para manter o aleitamento natural, sua obsessão. Entretanto, após uma enorme decepção, ela chega a conclusões um pouco óbvias, mas de forma tocante, ao final: cada mulher é de um jeito e o amor pode ter vários métodos. Já no segundo, uma recém-divorciada se aventura transando com homens casados, que conhece através de aplicativos de relacionamento, para tentar entender o motivo por trás das infidelidades deles e então encontrar a razão pelo fracasso de seu próprio casamento.
Assim como em Modern Love, a versão japonesa conta uma história a cada capítulo, mas com um diferencial além da falta de beijos, o último é feito em anime. Com diálogos densos que provocam reflexões e romances até simples, mas entre pessoas complicadas, Modern Love: Tokyo atesta o formado criado pelo irlandês John Carney, provando que amor e drama acontecem em qualquer lugar do mundo, até mesmo em um país cuja cultura mais recatada foge de demonstrações de afeto em público e tem um povo menos caloroso, mas que também ama.