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Mike Patton e Sinfônica de Heliópolis: um show memorável

Vocalista do Faith No More empolga com uma compilação de músicas italianas

Por Rodrigo Levino, da Cidade do Rock
24 set 2011, 22h06

O cantor americano Mike Patton fez na noite deste sábado (24) um show memorável no Palco Sunset, do Rock in Rio IV, na companhia de músicos da Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Ainda que prejudicado por um atraso de duas horas (ele deveria subir ao palco às 18h e só o fez por volta das 20h) e a qualidade sofrível do som, baixo e excessivamente grave, Patton não arrefeceu o fôlego e apresentou por uma hora as canções do disco Mondo Cane, uma compilação de standards do cancioneiro italiano.

Conhecido pela facilidade com que modula a voz, dos tons mais graves aos mais agudos e esganiçados, o cantor executou versões de Ore D’Amore, Il Cielo In Uma Stanza, Deep Down, do maestro Enio Morricone, Urlo Negro, do grupo de rock italiano The Blackmen, uma versão em italiano de I Ain’t Gonna Eat Out My Heart Anymore, da banda Young Rascals, além de versões românticas e refinadas de canções mais conhecidas como Senza Fine e Dio Come Ti Amo.

Mondo Cane, projeto que Patton apresenta desde 2007 e cujo disco foi lançado em 2010, é um trabalho ousado, divertido e que se tornou gracioso ao vivo pela presença de 13 músicos da sinfônica de Heliópolis, em São Paulo, que tem no seu corpo de músicos adolescentes e jovens de baixa renda. Inspirados, os violinistas embarcaram na vibrante performance de Mike Patton.

O também líder da banda Faith No More (houve quem ensaiasse um coro na plateia pedindo músicas da banda), que se consagrou no começo dos anos 1990 fundindo nas suas músicas funk, heavy metal e hard core, interagiu com o público falando um português compreensível apesar do forte sotaque. E foi aplaudido quando recebeu dos músicos brasileiros uma camisa da seleção de futebol.

Bem humorado, Patton dirigiu-se várias vezes ao Palco Mundo, onde a banda Stone Sour fazia um show no mesmo horário. “Por favor, calem a boca!”, repetia rindo e também incomodado com o som que vazava do palco maior. Que, aliás, comportaria mais adequadamente a apresentação. Isso, claro, não fosse a produção do evento tão pendida a não arriscar ou apresentar apenas o esperado pelo público. Os que optaram pelo show no Palco Sunset tiveram o prazer de assistir a um vocalista competente acompanhado por músicos (além dos brasileiros, outros 9 italianos) de grande excelência. Quesitos ausentes em boa parte da escalação da noite, que tem bandas com NxZero, Capital Inicial e Stone Sour.

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