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Marisa Monte lança novo CD de inéditas após cinco anos

Por Da Redação
1 nov 2011, 09h35

Por AE

São Paulo – Discrição, bom senso e coerência são marcas do profissionalismo de Marisa Monte desde o início da carreira. Seguindo essa linha e utilizando seu website e as redes sociais pela primeira vez para divulgar seu oitavo álbum solo de estúdio, “O Que Você Quer Saber de Verdade” (Phonomotor/EMI), ela conseguiu manter a expectativa e o sigilo até o dia oficial do lançamento, ontem. Como reconhece Adriana Calcanhotto em conversa com Marisa para divulgação do novo trabalho (disponível no site https://www.marisamonte.com.br desde anteontem), é um CD “sobre a impossibilidade do amor”.

Marisa ficou cinco anos sem lançar disco de canções inéditas e alimentou o burburinho em torno do novo trabalho em doses homeopáticas. Primeiro com o áudio e o vídeo em streaming de “Ainda Bem”, em que dança com o lutador Anderson Silva, depois com outro vídeo e a liberação para download grátis da faixa-título do CD, que lembra “Vilarejo”.

Globalizado não apenas pelas ferramentas e pelo esquema de produção (“Levei sempre comigo o HD do projeto e fui gravando com músicos locais”, escreveu a cantora em seu site) e de lançamento simultâneo em 30 países, o disco (produzido por ela e Dadi) foi feito entre Rio (a maior parte), Buenos Aires (uma canção) e mixado em Los Angeles (por Mario Caldato) e Nova York (por Patrick Dillet).

Os argentinos Gustavo Santaolalla e o coletivo de tango Café de los Maestros, o power trio do grupo pernambucano Nação Zumbi (o guitarrista Lucio Maia, o baterista Pupillo e o baixista Dengue), o acordeonista cearense Waldonys, o ex-Los Hermanos Rodrigo Amarante, tecladistas (Thomas Bartlett e Money Mark) e instrumentistas de cordas americanos, como Jesse Harris (parceiro de Norah Jones), os cariocas Vinicius Cantuária, Domenico Lancelotti, Daniel Jobim, entre outros, povoam o diversificado elenco de convidados.

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Até aí nada de novo. Marisa tem um respeitável histórico de colaborações com Santaolalla, David Byrne, Laurie Anderson, Arto Lindsay, Ryiuchi Sakamoto, Adriana Calcanhotto, Paulinho da Viola, entre outros. Só que nunca juntou tantas vertentes e gêneros diferentes num só disco, em que mais aparece o som do ukulele, tocado por ela, e da sanfona. “Essa é uma coleção de canções, cada uma a seu jeito. Sempre achei que eu seria o ponto de ligação entre essas músicas e, de alguma maneira, essa diversidade sempre foi uma marca minha”, diz ela, coerente.

Fazendo link entre o 78RPM e o MP3, não só porque muitas parecem canções antigas com verniz contemporâneo (e algumas de fato o são, seja na idade ou no gênero), Marisa trabalhou a sonoridade de cada faixa individualmente. Em conversa com Hermano Vianna, ela comentou que pode ser que no futuro lance canções de “duas em duas, de três em três, de uma em uma”. “Não tenho nada contra isso, acho bem legal, mas acho que enquanto ainda existir um produto físico, ele serve como referência de formato. Acho que realmente o produto físico vai se tornar um consumo de nicho como é hoje em dia o LP.”

Entre melancólicas e ensolaradas, inéditas e regravações de canções do repertório de Jorge Ben (“Descalço no Parque”), Dalva de Oliveira (“Lencinho Querido”), Arnaldo Antunes (“O Que Você Quer Saber de Verdade”), Carlinhos Brown (“Verdade, Uma Ilusão”), Dadi (“Bem Aqui”) e o filho dele André Carvalho (“Nada Tudo”), este é o disco mais em que Marisa mais se aproxima da canção dita popular. Não por acaso.

Naturalmente ela reconhece mais uma vez as influências que sempre se identificou em sua música: “Se eu estou aqui é porque ouvi Roberto Carlos e Tim Maia a vida inteira”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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