Madonna apoia Pussy Riot na Rússia
Em Moscou, cantora surgiu no palco com o nome do grupo pintado nas costas. Jovens estão presas há cinco meses por cantar 'oração punk' contra Putin
A cantora Madonna, que já havia anunciado publicamente seu apoio às jovens feministas do grupo punk russo Pussy Riot, reafirmou sua posição durante show em Moscou na noite de segunda-feira. Ao surgir no palco com a inscrição “Pussy Rio” pintada em suas costas, causou estardalhaço na plateia. Ela afirmou que reza pela liberdade das garotas.
O apoio de Madonna ao grupo russo se soma ao de outras celebridades, como as bandas Red Hot Chilli Pepers, Franz Ferdinand, Faith No More e os músicos Sting e Peaches, entre outros. Em sua conta no Twitter, Yoko Ono pediu que o presidente Vladimir Putin as liberte. As jovens – Nadezhda Tolokonnikova, 22 anos, Yekaterina Samutsevich, 29, e Maria Alyokhina, 24 – são acusadas de “vandalismo” e de incitação ao ódio religioso. Em fevereiro, elas cantaram, diante da catedral de Cristo Salvador, na capital russa, uma “oração punk” contra Putin. Estão presas desde então.
Nesta terça-feira, promotores de Moscou pediram uma condenação a três anos de prisão para as garotas. “O crime é grave e a promotoria considera que sua correção só é possível em condições de isolamento da sociedade. A punição necessária deve ser uma verdadeira privação de sua liberdade”, disse um dos promotores no tribunal. O veredito será anunciado no dia 17 de agosto.
Os advogados do Pussy Riot esperam novas manifestações da cantora nesta quinta-feira, quando ela se apresenta em São Petersburgo. Lá, a passagem de Madonna pode render ainda mais comentários. Ferrenha defensora dos gays, a artista deve criticar uma lei recém-aprovada pelas autoridades locais que pune, com multa, qualquer propaganda entendida como homossexual.