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Lupita Nyong’o: “O Oscar me abriu portas”

Aos 38 anos, a atriz queniano-mexicana fala a VEJA sobre o desafio de viver uma espiã no novo filme, 'As Agentes 355'

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
22 jan 2022, 08h00
MUSA ECLÉTICA - Lupita: “Eu me vejo como parte da mudança e me beneficio dela” -
MUSA ECLÉTICA - Lupita: “Eu me vejo como parte da mudança e me beneficio dela” – (Reprodução/Instagram)

As Agentes 355 é um filme de espionagem com protagonistas femininas, raridade no filão. Como foi fazer parte desse grupo? Foi a primeira vez que me vi num set em que as mulheres eram maioria não só no elenco, mas nos bastidores. O cinema é muito masculino, especialmente em produções de ação. Foi sensacional participar de um filme de espionagem no qual as mulheres não estão ali como um enfeite sensual, ou para fazer comédia.

Sua carreira é pautada por tipos variados, desde uma mulher escravizada e uma princesa africana até, agora, uma espiã nerd. É proposital a busca por papéis tão distintos? Aprecio a diversidade de temas. Não faço de propósito, posso repetir uma profissão, mas me interessa quando um filme proporciona a possibilidade de atuar em diferentes países, locações e novas funções.

Já sentiu pressão para interpretar personagens negros estereotipados, ligados à violência, escravidão ou serviços domésticos? Tive a sorte de ganhar um Oscar logo no meu primeiro filme, 12 Anos de Escravidão, então as portas se abriram de forma abundante e com variedade. Mas, claro, antes passei por momentos em que só me ofereciam papéis como esses que você citou. Mas vejo isso como uma falta de imaginação da indústria, sempre repetindo comportamentos antigos.

Como assim? É só olhar para o mundo real e você vai ver pessoas negras fazendo de tudo, em diversas áreas. Hoje me dou ao luxo de escolher e dou preferência para papéis que demonstrem as possibilidades de escalar um ator negro fora dos estereótipos.

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Hollywood passa por mudanças em busca de mais diversidade. Como encara a tendência? Eu me vejo como parte da mudança, ao mesmo tempo que me beneficio dela. Gosto de me ouvir e agir de acordo com meus valores e crenças. Reflito muito sobre o que tenho a oferecer para o mundo.

Atores como Sidney Poitier, morto recentemente, e Chadwick Boseman (1976-2020), seu amigo e com quem fez Pantera Negra, deixaram sua marca no cinema. A busca por um legado move suas escolhas? Não penso em legado. Maya Angelou dizia que as pessoas não vão se lembrar do que você fez, mas das sensações que lhes proporcionou. É isso que busco na vida. Adoro meu trabalho e quero tocar nas emoções das pessoas. A memória do Chad­wick continua forte por essa razão.

Publicado em VEJA de 26 de janeiro de 2022, edição nº 2773

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