Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lilia Cabral e suas muitas mulheres

Atriz leva para a TV a personagem de 'Divã' que a consagrou no teatro e no cinema, estrelará a nova novela das 9h e será a última Helena de Manoel Carlos

Por André Gomes
19 fev 2011, 16h05

“Sempre tive o sonho de levar a personagem à TV, e contar, cada dia, uma história diferente no divã do analista. Pensava que seria um resgate de programas que tão brilhantemente retrataram a alma feminina, como Malu Mulher e o seriado Mulher

Não é surpreendente que uma mulher chegue aos 50 anos no auge da carreira. Mas não é comum uma atriz ter uma ascensão vertiginosa na televisão depois de três décadas trabalho sem maior repercussão. Ainda mais incomum é a virada acontecer a partir do teatro. Para Lilia Cabral, 52 anos, a semana passada foi a síntese dessa trajetória peculiar. Ela participou do lançamento do seriado Divã, que estreia em abril, e é a sequência da peça que lhe abriu definitivamente as portas para papéis consagradores na televisão. Depois da Marta, de Páginas da Vida, e da Teresa, de Viver a Vida – que lhe renderam duas indicações ao Emmy, o Oscar da televisão -, ela vai viver na TV novos capítulos da história de Mercedes, a mulher simples e carismática que levou mais de 180 mil espectadores ao teatro e 1,5 milhão de pessoas ao cinema. Isso ao mesmo tempo em que se prepara para encarnar a protagonista da novela Fina Estampa, de Aguinaldo Silva que sucederá Insensato Coração, e já foi convidada por Manuel Carlos para interpretar aquela que será a última Helena de suas tramas. “Sempre tive o sonho de levar a personagem à TV, e contar, cada dia, uma história diferente no divã do analista. Pensava que seria um resgate de programas que tão brilhantemente retrataram a alma feminina, como Malu Mulher e o seriado Mulher“, disse a atriz, na apresentação do seriado.

Lilia Cabral, com Reynaldo Gianecchini e José Mayer na pré-estreia de 'Divã' no cinema, em 2009: 1,5 milhão de espectadores
Lilia Cabral, com Reynaldo Gianecchini e José Mayer na pré-estreia de ‘Divã’ no cinema, em 2009: 1,5 milhão de espectadores (VEJA)

Entre as outras histórias, haverá pretendentes da mesma faixa etária da protagonista, como o apaixonado vizinho Jurandir (Marcelo Airoldi), para quem ela não dá bola, e o filho dela, vivido por Duda Nagle, às voltas com um romance com uma mulher mais velha (Gisele Fróes). Sobre as diferenças entre a Mercedes do teatro, do cinema e da TV, a atriz busca no humor a explicação: “A Mercedes do teatro é uma macaca. A do cinema, uma coelhinha. Na TV, fico policiando meus gestos. Juro que tento ser macaca, mas não consigo”, diz, em provocação ao diretor geral, José Alvarenga, que dirigiu duas cenas com a presença da imprensa na tarde de quinta-feira, com Mercedes às voltas com confidências íntimas no salão de beleza.

Continua após a publicidade
Lilia Cabral (com Fernanda Vasconcelos) como a amargurada Marta, de 'Páginas da Vida': primeira indicação ao Emmy
Lilia Cabral (com Fernanda Vasconcelos) como a amargurada Marta, de ‘Páginas da Vida’: primeira indicação ao Emmy (VEJA)

Quando leu Divã, em 2003, a atriz, de cara, enxergou a possibilidade de transformar aquelas histórias num seriado televisivo. “Divã capta a alma do brasileiro. Somos um povo alegre, divertido, que muitas vezes chora, vai no fundo do poço, mas dá a volta por cima”, acredita. O projeto demorou a tomar corpo na televisão pelo tema. “A TV Globo custou a acreditar que uma história que tem como base uma mulher que visita periodicamente o analista para relatar seus anseios e angústias pudesse ter o apelo popular necessário para que o projeto fosse levado adiante”, observa José Alvarenga, diretor geral do seriado e do filme.

Mesmo comprometida com a novela Fina Estampa, na qual será protagonista, a atriz não dispensa a possibilidade de o seriado engatar outra temporada: “Se der certo, por que não voltar?”. O autor, Marcelo Saback, entrega: “O oitavo episódio dá margem para uma volta”. Animada com as gravações, a atriz conta que, quando pode, acompanha a reprise da novela Vale Tudo, em que interpreta a desinibida Aldeíde, pobretona que fica milionária e viúva ao se casar com um marido rico e mais velho. “Por causa da novela, estou fazendo o maior sucesso com a garotada”. Mas e quanto a Mercedes? Os garotões que ocuparam seu coração no filme não vão mesmo estar presentes na série? Em tom de galhofa, Lilia encerra a questão. “Olha, não sei se dá mais, né? Daqui a pouco estou caminhando para os 60 e se ficar nessa de garotão vão me prender.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.