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Larissa Manoela, a jovem prodígio do SBT

Atriz de 14 anos colhe os frutos da fama de Maria Joaquina, de ‘Carrossel’, e alça voo com sua primeira protagonista

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 set 2015, 09h11

O mês de agosto foi um tanto quanto especial para a atriz Larissa Manoela. A jovem de 14 anos, que conquistou o público ao interpretar a vilã Maria Joaquina nas atrações infantojuvenis Carrossel e Patrulha Salvadora, defende há um mês a sua primeira protagonista na novela Cúmplices de um Resgate. Ou protagonistas. No folhetim, Larissa dá vida a duas gêmeas bem distintas, que trocam de lugar e fingem ser a outra quando querem. A trama exibida em horário nobre tem arregimentado boa audiência no Ibope e também no YouTube, onde já soma mais de 90 milhões de visualizações, entre vídeos oficiais e de fãs.

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Além da TV, a jovem nascida em Guarapuava, Paraná, lançou recentemente no cinema as produções Carrossel: O Filme – que ocupa o terceiro lugar entre as bilheterias nacionais neste ano, com mais de 2,4 milhões de espectadores – e a animação O Pequeno Príncipe, do americano Mark Osborne (Kung Fu Panda), em que dubla a protagonista da história. Em uma breve visita ao Brasil, Osborne aproveitou para elogiar o trabalho da atriz. “Eu não falo português, mas entendo a dificuldade que é traduzir um filme de animação de uma língua para outra e dizer as palavras no tempo certo, com a emoção certa. Ela conseguiu isso, parabéns”, disse o cineasta em coletiva de imprensa em São Paulo.

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Em entrevista ao site de VEJA, a adolescente, que começou na carreira artística aos seis anos, fala sobre a fama precoce e os planos para o futuro.

Como tem sido interpretar duas personagens na novela Cúmplices de um Resgate? É um desafio muito grande. Até porque nunca aconteceu de uma adolescente dar vida a gêmeas na teledramaturgia infantojuvenil no Brasil. Eu fiquei superfeliz com o presente que a emissora me deu de acreditar no meu potencial. E não é fácil. Grandes atores já viveram gêmeos. Espero que essas duas conquistem o pessoal como a Maria Joaquina conquistou. Estou dando tudo de mim.

Você se envolveu em um acidente com um cavalo nos bastidores da novela. Ficou traumatizada? Foi um susto. Levei cinco pontos na cabeça e tive estiramento de tendão pelo impacto da queda. Mas está tudo bem. Na verdade, as gravações já tinham terminado. O cavalo se assustou e eu perdi o controle. Mas, perto do que poderia ter acontecido, as consequências foram pequenas. Tirei um tempo para me recuperar. Sempre gostei bastante de cavalo. Não sofri nenhum trauma para a vida, mas acho que por enquanto é melhor ficar um pouco longe (risos). Quem sabe um dia volto a cavalgar.

Em O Pequeno Príncipe, você dá voz à protagonista, que se divide entre ser uma “miniadulta” responsável, cobrança da mãe, e uma criança que brinca e se diverte com o vizinho. Já sentiu essa exigência de crescer antes do tempo por ter começado a trabalhar tão cedo? Eu me identifico com a vida corrida. Porém, eu me sinto muito realizada com o que faço. Apesar da agenda apertada, eu nunca deixo de ter minha hora vaga para aproveitar, ir ao shopping, ficar com as minhas amigas, curtir um cinema. O importante é nunca perder a nossa essência. É fazer o que se gosta, com profissionalismo, mas nunca deixar a criança que existe dentro de nós. Eu gosto muito da minha personagem por ela ter uma personalidade forte. Ela é uma criança que parece uma adulta, algo que a mãe dela quer que ela vire. Isso pode até ser bom futuramente, mas não é algo que ela gostaria de estar vivendo. Então, ela conhece o aviador e vive uma aventura que a faz amadurecer.

Como foi seu primeiro contato com O Pequeno Príncipe? Eu li o livro quando tinha mais ou menos sete anos. A minha primeira escola chamava O Pequeno Príncipe. E ela me envolveu ainda mais na história. Tenho até hoje minha primeira edição guardada. É um dos meus livros favoritos. É uma trama muito lúdica, muito bonita, que marcou a vida de muitas pessoas, adultos e crianças. Acho que todo mundo deve ler um dia.

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Como foi começar a trabalhar tão cedo? Fui descoberta quando tinha quatro anos e meu primeiro trabalho veio aos seis, com uma campanha publicitária. Eu sempre gostei, desde essa idade estava voltada para o meio artístico. Eu já era muito noveleira, gostava de andar pela casa com as roupas da minha mãe, fazer careta na frente do espelho, brincava de boneca e fingia que agenciava minhas Barbies. Quando tive a oportunidade, pude realizar esse sonho. Hoje me sinto muito feliz. Meus pais sempre me apoiaram, estiveram junto comigo e me perguntaram se eu queria mesmo ou não seguir essa carreira. Eles até tinham que me frear, senão eu iria querer todos os trabalhos que surgissem. Apesar de ser uma vida bem corrida, eu me considero uma adolescente normal. Vou à escola, saio com meus amigos. Às vezes, é difícil passear no shopping, por exemplo, por ser reconhecida, mas adoro o que eu vivo. Não me arrependo. Muitas pessoas me perguntam se atropelei demais a minha infância e eu digo que não, eu sempre tive meu momento de brincar, de me entreter, e também minha diversão com o trabalho.

Recentemente, os apresentadores mirins do programa Bom Dia & Cia foram impedidos de trabalhar no programa. O que acha dessa controvérsia do trabalho infantil no meio artístico? Se a criança gosta, sente vontade, é realizada e não é forçada, eu acho que não deveria ser impedida. A gente gosta do que faz. Quem gosta desse meio artístico deve ter a chance de realizar o sonho.

O que você ganhou e perdeu com a fama precoce? Eu ganhei bastante reconhecimento depois de trabalhos marcantes, como Carrossel. Pude conquistar coisas com meu esforço, meu trabalho e persistência. Me tornei mais dedicada e responsável. Tudo isso fez parte do caminho para chegar aonde estou e pretendo ir além. O que eu perdi não foi muita coisa. O que antes me fazia bastante falta era minha cidade, Guarapuava, onde nasci. Tive que deixar meus amigos e avós para morar em São Paulo. Mas hoje eu já vivo há mais tempo em São Paulo do que vivi em Guarapuava e adoro essa cidade. Minha vida, meio maluquinha e corrida, é aqui. Me sinto feliz onde estou.

Consegue organizar bem seu tempo? Sim, a gente tem que ter tempo para tudo. O estudo, minha educação, está em primeiro lugar. Estou no ensino médio e logo, logo tem a faculdade. Eu pretendo fazer artes cênicas e, como segunda opção, moda, que também mexe com esse lado artístico.

Mesmo sendo uma vilã, a Maria Joaquina fez muito sucesso entre as crianças. Por que acha que isso aconteceu? A Maria Joaquina tinha uma personalidade muito forte e complicada. Ela tinha questões que não aceitava, como a cor do Cirilo. Então, tratamos na novela de temas como o racismo e o bullying. Ela ajudou a apresentar essas questões para as crianças, para elas aprenderem a conviver em sociedade de forma a ver todo mundo igual e ser amigo de todos. Eu tinha medo de que a Maria Joaquina fosse odiada, mas, pelo contrário, ela foi muito amada. E o melhor é que os fãs conseguiram separar bem a personagem da Larissa Manoela.

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‘Loucas para Casar’

O longa com Ingrid Guimarães, Tatá Werneck e Márcio Garcia estreou na primeira semana deste ano. A trama é sobre uma secretária (Ingrid), já nos seus 40 anos, que namora o chefe há três, com tranquilidade, até descobrir que ele tem duas amantes. Uma vez que uma toma conhecimento da outra, elas passam a disputar a preferência do bofe. O filme arrecadou 45,6 milhões de reais e já levou 3,7 milhões de pessoas aos cinemas. Até 13 de outubro, era o filme nacional mais assistido do ano.

‘Meu Passado me Condena 2’

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A sequência do filme de 2013, baseado na série de televisão de mesmo nome, entrou em cartaz em julho de 2015. O casal vivido por Fábio Porchat e Miá Mello entra em crise e se vê obrigado a fazer uma viagem de emergência para Portugal, quando um familiar do personagem vivido por Fabio morre. A viagem, é claro, só complica ainda mais o relacionamento. A comédia foi assistida por 2,5 milhões pessoas até 13 de outubro, arrecadando 32,8 milhões de reais.

https://youtube.com/watch?v=LbgCKBHZ7to

‘Carrossel: O Filme’

A versão cinematográfica da novela infantil do SBT já levou 2,5 milhões de pessoas aos cinemas desde seu lançamento, no dia 23 de julho. Até o dia 13 de outubro, o longa já havia arrecadado 27,1 milhões reais. A história resgata os personagens do folhetim e os coloca em uma missão para salvar um acampamento, no qual eles vão passar férias, dos planos maléficos de uma dupla de vilões atrapalhados, vividos por Paulo Miklos e Oscar Filho.

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‘Vai que Cola’

A comédia baseada no seriado de mesmo nome exibido pelo canal pago Multishow vai bem por aqui, com público de 2,2 milhão de pessoas e renda de 29,9 milhões de reais até o dia 18 de outubro. O longa, dirigido por César Rodrigues, é estrelado por Paulo Gustavo, que interpreta o trambiqueiro Valdomiro Lacerda, antigo sócio de uma empresa de engenharia que realizava falcatruas e subornava políticos, até ter seu esquema desbaratado pela polícia. Ele consegue escapar e se esconder no Méier, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, onde, distante da cobertura em que vivia no Leblon e do dinheiro que a sustentava, encontra refúgio na pensão de Dona Jô (Catarina Abdalla). É aí que se passam a série e o começo do filme.

https://youtube.com/watch?v=Y7gmclDNL_w

‘Os Caras de Pau em o Misterioso Roubo do Anel’

O longa, inspirado no humorístico Os Caras de Pau, da Rede Globo, coloca os seguranças Pedrão (Marcius Melhem) e Jorginho (Leandro Hassum) em uma delicada situação, quando são acusados de roubar um valioso anel de um museu, que eles deveriam proteger. A comédia estreou no dia 25 de dezembro e arrecadou 14,6 milhões de reais em 2015, levando 1,2 milhão de pessoas aos cinemas até o dia 13 de outubro.

‘Linda de Morrer’

O filme, que estreou no dia 20 de agosto, conta a história da cirurgiã plástica Paula (Glória Pires), que, após tentar inventar um método de eliminar completamente celulites de seu corpo e testá-lo em si mesma, acaba morrendo. Por meio de uma mãe-de-santo também desencarnada, Paula tenta impedir que seu sócio, Doutor Francis (Angelo Paes Leme) coloque o perigoso produto à venda. A comédia levou 944 703 pessoas aos cinemas até 13 de outubro, faturando 12,1 milhões de reais.

‘Qualquer Gato Vira-Lata 2’

Cléo Pires e Malvino Salvador estrelam a sequência de Qualquer Gato Vira-Lata viajando para Cancún, onde Conrado (Salvador) vai lançar seu livro. Durante a viagem, Tati (Cleo) o pede em casamento, com direito a transmissão ao vivo para os familiares e amigos no Brasil. A resposta, porém, não é a esperada: ele pede um tempo para pensar. É então que o ex da moça (Dudu Azevedo) vê a chance de recuperar seu coração. O filme estreou no dia 4 de junho e já levou 784 275 pessoas aos cinemas, com receita de 9,9 milhões de reais.

‘Que Horas Ela Volta?’

O premiado filme de Anna Muylaert gira em torno da empregada doméstica Val (Regian Casé) e da submissão dela diante dos patrões, algo questionado por sua filha, Jéssica (Camila Márdila). As duas dividiram o prêmio de melhor atriz no festival de Sundance e o longa desponta como favorito para representar o Brasil no Oscar 2016. Desde que estreou, em 27 de agosto, o filme levou 412 604 pessoas aos cinemas e arrecadou 5,9 milhões de reais.

‘Entre Abelhas’

Mais um de Fábio Porchat na lista. Em Entre Abelhas, o ator vive Bruno, um recém-divorciado que passa a não ver mais as pessoas. Quando percebe que os outros estão ficando invisíveis, ele busca ajuda junto à mãe (Irene Ravache) e seu melhor amigo, Davi (Marcos Vera). O longa chegou aos cinemas no dia 30 de abril e até 13 de outubro acumulou 436 577 de pagantes, além de renda de 5,7 milhões de reais.

‘Superpai’

Danton Mello vive um pai desastrado que acaba deixando o filho em uma creche para participar de um reencontro com sua turma do colégio. Porém, na hora de buscar a criança, ele pega outra por engano, um coreano. É então que, ao lado dos amigos, vividos por Antonio Tabet, Thogun Teixeira e Dani Calabresa, tem de se lançar em uma corrida para recuperar o filho antes que sua mulher (Monica Iozzi) descubra o que aconteceu. Até 13 de outubro, o filme, que estreou em 26 de fevereiro, havia arrecadado 5,1 milhões de reais, levando 432 642 pessoas às salas de cinema.

https://youtube.com/watch?v=S-_Unj-Ez48

‘Divã a 2’

O filme, que estreou no dia 14 de maio, trata da história de uma médica, Eduarda, (Vanessa Giácomo), e de um produtor de eventos, Marcos (Rafael Infante), que vivem uma crise no casamento. O casal decide procurar ajuda psicológica e fazer uma terapia de casal, mas o plano dá errado e os dois decidem se separar. É aí que Eduarda conhece um homem (Marcelo Serrado) por quem se apaixona. O longa levou 159 038 pessoas aos cinema até 13 de outubro, e fez 1,9 milhões de reais no período.

?Operações Especiais?

O filme que conta com Cleo Pires vivendo uma investigadora da polícia que vai para a ação em uma operação na cidade fictícia de São Judas do Livramento, no Rio de Janeiro, levou 137 869 de pessoas ao cinema no seu final de semana de estreia, arrecadando  1,9 milhões de reais. 

‘O Sal da Terra’

O documentário mostra a carreira do conceituado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e o seu trabalho Gênesis, que busca retratar, através de fotografias de diversas regiões do mundo, aspectos geológicos e culturais do planeta. O filme, que entrou em cartaz em 14 de maio, arrecadou 1,8 milhão de reais até 13 de outubro, com público de 129 327 espectadores.

‘O Vendedor de Passados’

Lázaro Ramos e Alinne Moraes estrelam o longa baseado no livro de mesmo nome do angolano José Eduardo Agualusa. A trama se desenrola a partir de Vicente (Ramos), que cria documentos e provas de passados que não existem e os vende às pessoas. O filme chegou ao circuito no dia 21 de maio e até 7 de setembro havia levado 80 985 pessoas aos cinemas, obtendo 1 milhão de reais em bilheteria.

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