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‘Lado a Lado’ é a melhor novela em meio a marasmo criativo

Nesta semana, a trama alcançou o recorde de 25 pontos na audiência com cena decisiva da protagonista Isabel (Camila Pitanga). Mas novela não tem qualquer pretensão de renovar o gênero

Por Mariana Zylberkan
19 jan 2013, 16h20

Demorou mais de cem capítulos, precisamente 112, para Lado a Lado refletir em audiência seu primor de produção e texto. Na última quarta-feira, a novela de João Ximenes Braga e Claudia Lage chegou aos 25 pontos na Grande São Paulo, uma bola na trave, na verdade, já que o número corresponde à meta estipulada para o horário. Diante da baixa repercussão das tramas atuais no Ibope, tal desempenho ganhou ares de vitória de virada em final de campeonato, mas não impulsionou a baixa média geral de 17 pontos na Grande São Paulo, quase dez abaixo da meta. Mesmo assim, a novela das seis mantém o título de melhor produto de teledramaturgia no ar atualmente. Uma produção cuidada, aliada ao competente texto da dupla de autores estreantes e à bela fotografia assinada pelo cineasta Walter Carvalho resulta em uma novela que garante ao espectador o prazer de acompanhar um folhetim. O esmero da produção, no entanto, não impede que a novela seja mais do mesmo, sem nenhuma pretensão de renovar o gênero. Técnicas de melodrama, como o uso de casais que se perdem inúmeras vezes para se encontrar somente no fim, dominam o enredo.

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A protagonista também é clone a muitas outras heroínas românticas já vistas pelo público em novelas anteriores. No capítulo campeão de audiência, a mocinha Isabel (Camila Pitanga) lava a alma e dá uma boa bofetada — física e moral — na vilã Constância (Patrícia Pillar), ao descobrir que a sogra roubou seu filho recém-nascido somente para não ser vista como a baronesa que tem um neto mestiço. Diante da constatação de que Elias (Cauê Campos) está vivo, e não morreu no nascimento como sempre acreditou, Isabel revela o escândalo para toda a sociedade carioca que foi assisti-la dançar no palco do teatro Municipal. A mocinha sofredora que se redimiu deve sofrer, no entanto, mais um revés nos próximos capítulos. Isabel vai parar atrás das grades após ser denunciada por Constância por ofensa.

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As fórmulas folhetinescas tradicionais são compensadas por alguns aspectos da trama que a fazem se destacar. Ambientada no Rio de Janeiro no início do século XX, Lado a Lado oferece um pano de fundo histórico detalhado sobre o processo de favelização dos morros cariocas e o nascimento do samba. “O tema de abertura aliado às significativas imagens que sintetizam o Brasil da época mostram como o Rio de Janeiro se tornou o grande propagador de nossas idiossincrasias psicossociais”, diz o especialista em novelas Mauro Alencar, membro da Academia de Artes e Ciências da Televisão de Nova York e autor de A Hollywood Brasileira – Panorama da Telenovela no Brasil (Senac).

O samba como quase um personagem da novela pontua a trilha sonora, repleta de grandes clássicos como O Mundo É um Moinho, de Cartola, cantada por de Beth Carvalho. Só isso já é suficiente para fazer o telespectador olhar para a TV. Ele encontra, além disso, figurinos primorosos da Belle Époque e ótimas interpretações de atores como Milton Gonçalves. Veja abaixo as sete razões que fazem de Lado a Lado a melhor novela no ar atualmente.

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