Que Jennifer Lawrence é um estouro graças à saga Jogos Vorazes e ao Oscar de melhor atriz conquistado este ano por O Lado Bom da Vida (2012), não há dúvida. Já se ela deve ser apontada como a nova “queridinha da América” são outros quinhentos, como se diz por aqui. Foi essa a posição adotada pela atriz Julia Roberts — ela mesma uma campeã por anos consecutivos do título de “queridinha” — em entrevista à MTV americana.
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“Ela atira flechas flamejantes, gente! Ela é fabulosa e descolada demais para ser uma ‘queridinha da América’. Você não acha?”, disse Julia, de títulos como Tudo por Amor (1991), Uma Linda Mulher (1990) e O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997), longas românticos que fizeram dela uma “America’s Sweetheart” por anos.
Pode parecer ciumeira à primeira vista, mas a posição de Julia faz sentido: Jennifer Lawrence não faz o gênero menininha, que pressupõe garotas meiguinhas em papéis idem. E, em tempos em que as heroínas se mostram cada vez mais corajosas e guerreiras, a opinião de Julia, em vez de ser entendida como uma depreciação da atriz, deve ser tomada como um elogio.
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A própria Julia reconhece que o padrão de “queridinha” está em extinção. “Quantas de nós há agora?”, pergunta, brincando, para o repórter da MTV, antes de dizer que acha que seu “cartão” de membro do grupo, na verdade, já expirou.