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John Neschling rege orquestra italiana na Sala São Paulo

Por Da Redação
6 ago 2012, 11h13

Os olhos do mundo musical brasileiro estarão todos voltados na noite desta segunda-feira para a Sala São Paulo. Mais precisamente, para o pódio de onde um maestro comandará os músicos da Orchestra della Svizzera Italiana. O russo Alexander Vedernikov, anunciado no início do ano como regente do concerto, cancelou a vinda ao Brasil por motivos de saúde. Para o seu lugar, os produtores decidiram convidar o brasileiro John Neschling – e, então, o que seriam apenas mais dois concertos da temporada da Sociedade de Cultura Artística passaram a carregar novo significado, marcando o retorno do maestro à sala na qual não pisava desde que foi demitido do cargo de diretor artístico da Osesp, em 2008.

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“Sei, dentro de mim, que estou e estarei sempre presente na Sala São Paulo”, diz um John Neschling mais tranquilo sobre seu retorno ao palco que o consagrou – e que ele ajudou a construir, fazendo da Osesp um dos principais conjuntos sinfônicos da América Latina. Sua saída foi rumorosa, após meses de desentendimentos internos e com o governo do Estado, incluindo uma batalha judicial da qual a orquestra acabou saindo vitoriosa. Um ano depois, ele voltou à cena, à frente da Companhia Brasileira de Ópera, que comandou durante uma temporada. No final de 2010, no entanto, desligou-se do projeto. Encerrou seu blog com um desabafo. “Admiro a coragem de sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mas por que um país com essas pretensões é incapaz de ter um teatro de ópera decente? Por que continuamos a ignorar a cultura como um dos pilares do desenvolvimento econômico?”, escreveu, comunicando ao público que deixaria o País e voltaria a se radicar na Suíça.

Desde então, o maestro tem atuado como regente convidado de orquestras europeias. E, em especial, voltou a se dedicar à ópera. Gravou, em Palermo, na Itália, uma Traviata, de Verdi, com a soprano Daniela Dessì e o tenor Fabio Armiliato (que foi visto recentemente como o cantor de chuveiro de “Para Roma, com Amor”, filme de Woody Allen); no Teatro Colón, de Buenos Aires, regeu “Don Giovanni”, de Mozart; na Arena de Verona, “La Bohème”, de Puccini. “Toda a minha vida foi dedicada à ópera”, diz o maestro, que dirigiu, antes da Osesp, os teatros municipais do Rio e de São Paulo. “Mesmo durante meu período com a orquestra, fiz da ópera parte de seu repertório. Mas o fato é que a Osesp me prendia muito a São Paulo. E, uma vez de volta à Europa, era natural que voltasse às minhas atividades líricas.” Desde o início do ano, ele é também regente convidado principal da Orquestra Sinfônica do Paraná.

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O repertório dos concertos desta segunda e terça é composto pela “Pastoral de Verão”, de Arthur Honegger, o “Concerto nº 2” de Chopin (com solos de Dang Thai Son) e a “Sexta Sinfonia” de Schubert. Neschling herdou o programa de Vedernikov e não fez alterações. Diz que não vê um fio condutor que unifique as peças escolhidas. “A sensação que tenho é de que são obras que funcionam bem com uma orquestra como a da Svizzera Italiana: teremos uma obra conhecida do repertório nacional suíço, um concerto muito popular e uma das sinfonias menos executadas de Schubert.”

Serviço – Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16). Tel. (011) 3223-3966. Segunda e terça, às 21 h. R$ 100/R$ 230.

(Com Agência Estado)

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