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John Neschling diz que fica à frente do Teatro Municipal

Em nota, o maestro informa que marcou encontro com o prefeito Fernando Haddad para tratar do assunto e recebeu o apoio necessário para a sua decisão

Por Da redação
Atualizado em 5 set 2016, 09h28 - Publicado em 5 set 2016, 09h24

Investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por suspeita de participação no esquema de corrupção que teria desviado ao menos 15 milhões de reais do Teatro Municipal de São Paulo, o maestro John Neschling, diretor artístico da instituição, afirmou neste domingo que não vai deixar o cargo — ele recebe 150.000 reais mensais. Em nota, o maestro informou que marcou um encontro com o prefeito Fernando Haddad (PT) na última sexta-feira para tratar do assunto e recebeu dele o apoio necessário para a sua decisão.

“No nosso encontro, ele (Haddad) me reafirmou o que vem dizendo publicamente, que apenas por uma determinação clara da Controladoria (caso houvesse provas ou indícios de malfeitos da minha parte — o que não era o caso), ele me demitiria. Afirmou, no entanto, que entendia minhas dificuldades e garantiu que respeitaria qualquer decisão que eu tomasse”, disse Neschling.

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Segundo a assessoria de imprensa da gestão Haddad, a reunião aconteceu na quinta-feira, e não foi divulgada publicamente na agenda diária do prefeito por se tratar de “assunto interno”.

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Mobilização – Três órgãos da administração municipal estão mobilizados para suspender o contrato do maestro, por meio de seus comandantes diretos: o corregedor-geral Daniel Gaspar de Carvalho, o controlador Gustavo Gallardo e o secretário de Negócios Jurídicos, Robinson Barreirinhas. A análise é que as suspeitas sobre a participação de Neschling no escândalo e também do secretário municipal de Comunicação, Nunzio Bruguglio Filho, que também nega envolvimento, podem prejudicar o desempenho de Haddad, que tenta a reeleição.

A movimentação contra a permanência do maestro ganhou força dentro na Prefeitura na semana passada, após o Tribunal de Contas do Município (TCM) considerar, por unanimidade, irregular o contrato firmado com o Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), responsável pela gestão do Teatro Municipal.

A saída de Neschling ainda é defendida pelos promotores que investigam o caso, por parte dos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara Municipal para apurar os desvios na instituição e também pelo ex-chefe de gabinete de Haddad, Paulo Dallari, que atuou nos últimos meses como interventor do IBGC a pedido do prefeito, mas deixou o cargo por discordar da permanência do músico.

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Também na semana passada, a Polícia Federal informou aos parlamentares que compõem a CPI que o passaporte do músico seria apreendido, conforme requerimento aprovado na Câmara, o que agravou a situação. A decisão foi posteriormente revertida pela defesa do maestro.

Crime – Segundo o Grupo Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec), do Ministério Público, os desvios ocorreram entre 2013 e 2015, quando teria funcionado um esquema de uso de notas frias e aditivos irregulares em contratos, entre outras práticas. No Gedec, os suspeitos são investigados por lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa.

Além de Neschling, são alvo do Ministério Público o ex-diretor da Fundação Theatro Municipal José Luiz Herência e o ex-diretor do IBGC William Nacked. Ambos firmaram acordo de delação com o MPE e se comprometeram a devolver cerca de 10 milhões de reais aos cofres públicos. Já a Promotoria do Patrimônio Público apura, na área cível, possível má gestão do dinheiro público. Neste caso, estão incluídos Haddad e o ex-secretário da Cultura Juca Ferreira.

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(Com Estadão Conteúdo)

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