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Jennifer Lawrence hipnotiza com ótima atuação em ‘Joy’

Atriz volta a trabalhar com o diretor David O. Russell em drama cômico inspirado na vida da empresária Joy Mangano

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 jan 2016, 09h34

A história do cinema é marcada por interessantes casamentos profissionais entre diretores e atores. O cineasta David O. Russell e a atriz Jennifer Lawrence são um exemplo de feliz união cinematográfica que chega ao seu terceiro fruto com Joy: O Nome do Sucesso. No filme, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, Jennifer dá vida à personagem do título, inspirada em Joy Mangano, empresária americana e inventora de diversos utensílios domésticos. Com o papel, ela conquistou sua quarta indicação ao Oscar.

Russell, que costuma distribuir a atenção pelo elenco, com espaço garantido para cada um dos personagens – não à toa seus atores costumam figurar entre os indicados ao prêmio da Academia -, agora dedica-se apenas à sua musa. Todos os holofotes são voltados para ela, e Jennifer responde à altura. A jovem entrega uma atuação brilhante, que flutua com desenvoltura entre o humor e o drama, mescla que já pode se dizer ser sua especialidade. Até quando a trama perde força, Jennifer consegue manter equilibrado o nível de interesse do espectador pelo filme.

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O longa começa com uma bizarra cena de novela americana, produção que servirá de paralelo para a história principal. O programa televisivo é visto de forma ininterrupta por Terry (Virginia Madsen), mãe de Joy. A mulher usa a novela como escape para a realidade maçante, enquanto seu casamento com Rudy (Robert De Niro) chega ao fim de forma dramática. Joy fica com a mãe, enquanto o pai leva a filha do primeiro casamento Peggy (Elisabeth Röhm). Também faz parte da família a avó Mimi (Diane Ladd), narradora do filme e a única que incita Joy a enxergar seu potencial e ir além da vida mediana.

Cenas da infância introduzem a família comum ao espectador e mostram as aptidões criativas da protagonista, que demonstra um tom feminista ao dizer que não precisa de um príncipe em suas fantasias de criança, já que ela possui uma magia especial – seu dom de criação. Um salto no tempo, contudo, mostra Joy não como a empresária imaginada pela avó, mas sim uma adulta sobrecarregada, responsável pela mãe em estado de inércia, de dois filhos pequenos e do ex-marido Tony (Edgar Ramirez), um cantor frustrado que ainda mora com ela dois anos após o divórcio.

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Em um momento de inconformismo, Joy decide pedir à namorada do pai um investimento para uma invenção: um esfregão prático, de alta absorção, dono de um mecanismo que poupa o usuário de torcê-lo com as mãos. Todo o filme gira em torno dessa ideia e da luta de Joy para colocá-la em prática. Após idas e vindas, repletas de fracasso, ela conhece Neil Walker (Bradley Cooper), produtor de um canal de TV especializado em vendas. Ele dá uma chance à jovem, que de inventora frustrada se torna uma quase celebridade da emissora. A partir daí, a trama se volta para o cerco de parasitas que ela precisa enfrentar para emplacar de vez sua empresa.

Diretor de títulos elogiados como Trapaça (2013) e O Vencedor (2010), Russell é inventivo e consegue como poucos transformar vidas romantizadas e finais de superação em filmes conceituais e criativos. Em Joy, contudo, ele exagera na fórmula final feliz e transforma a trama em um conto de fadas moderno. Apesar de ser uma produção interessante e caprichosa, vale o aviso aos fãs do cineasta: não esperem aqui seu melhor trabalho. Já aos que não procuram comparações, o longa é extasiante e rende duas boas horas de entretenimento.

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