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Jamie Lee Curtis, a “rainha do grito”, volta em novo ‘Halloween’

Mais uma vez no papel de Laurie Strode em 'Halllowen Kills', que chega aos cinemas hoje, atriz influenciou grandes heroínas do gênero

Por Marcelo Canquerino Atualizado em 14 out 2021, 19h42 - Publicado em 14 out 2021, 17h28

O filme O Exorcista, de 1973, foi responsável por traumatizar toda uma geração. O que poucos sabem é que o papel principal da menina endiabrada foi oferecido primeiro a Jamie Lee Curtis — mas sua mãe não deixou ela nem sequer fazer um teste. Estrelada, então, por Linda Blair, a produção não deixou de causar calafrios na então jovem atriz, que confessa até hoje não ser lá a maior fã de tramas que a façam sentir medo. “Eu me assusto facilmente desde que era criança. Ruídos altos e músicas de suspense me apavoram”, disse em entrevista à revista The New Yorker. Pois, anos mais tarde, ela ganharia fama e notoriedade em Hollywood ao protagonizar um clássico do terror, o longa Halloween, lançado em 1978. Aos 62 anos, Jamie retoma agora o papel da eterna Laurie Strode em Halloween Kills: O Terror Contiua, segundo filme de uma trilogia que chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira e vem espichar de novo a franquia do final da década de 1970. 

Jamie Lee Curtis em 'Halloween: A Noite do Terror' (1978)
Jamie Lee Curtis em ‘Halloween: A Noite do Terror’ (1978) (Divulgação/VEJA)

O primeiro papel da atriz nas telas de cinema – o da babá que precisa fugir do assassino Michael Myers em Halloween – quase não aconteceu. Isso porque o diretor, John Carpenter, queria que o filme fosse estrelado por Anne Lockhart. Mas, graças à insistência da roteirista e produtora Debra Hill, firme em sua decisão, Carpenter mudou de ideia. Além do talento de Jamie Lee Curtis, Hill revelou que sua escalação também tinha outro motivo: o marketing que o nome da atriz traria para o filme — já que Jamie é filha da atriz Janet Leigh, que interpretou Marion Crane em Psicose (mais conhecida como a moça morta a facadas na icônica cena do clássico de Alfred Hitchcock), e do ator Tony Curtis. O que deu tremendamente certo: Halloween arrebanhou em bilheteria mundial 47 milhões de dólares, segundo o site Box Office Mojo

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Jamie Lee Curtis foi a premiere do filme ‘Halloween Kills: O Terror’, vestida como Marion Crane, personagem icônica de ‘Psicose’ interpretada por sua mãe. (Amy Sussman/Getty Images)

Foi graças à sua personagem de estreia nos cinemas que Jamie ganhou a coroa de Scream Queen, ou rainha do grito. O termo surgiu na década de 1930, quando Fay Wray recebeu esse título como um apelido pejorativo por gritar demais no longa King Kong. Nos anos 70, ele foi ganhando novos contornos com a figura de Laurie Strode, que não só gritava como também sabia se defender de Michael Myers, fugindo do estereótipo de “donzela em perigo”. Essa personagem pavimentou o caminho de diversas outras Scream Queens que viriam depois, como Heather Langenkamp, em A Hora do Pesadelo, e Neve Campbell, da franquia Pânico

Seguir os passos artísticos da família parecia ser inevitável, mas não foi sua primeira opção. Antes do pontapé inicial para a carreira de atuação, que começou com papéis pequenos em seriados, Jamie chegou a cursar direito na Universidade do Pacífico, na Califórnia, mas desistiu depois de um semestre. Apesar de os pais serem estrelas da era de ouro de Hollywood, ser atriz nem sequer passava pela cabeça da jovem. “Minha infância foi incrivelmente simples. Fui criada por uma mulher adorável em uma estrada de terra em Los Angeles, cercada por cães. Minha mãe evitou uma vida extravagante”, disse em entrevista ao jornal The Washington Post. Entre altos e baixos, a atriz foi conseguindo um espaço importante na indústria e hoje, além de Halloween e suas continuações, ela fez parte de filmes cultuados pelo público como Sexta-Feira Muito Louca, ao lado de Lindsay Lohan, a comédia de ação True Lies, que lhe rendeu um Globo de Ouro, e o mais recente Entre Facas e Segredos

Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis em cena de Sexta-Feira Muito Louca, de 2003
Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis em cena de Sexta-Feira Muito Louca, de 2003 (Divulgação/VEJA)

Nascida em Santa Mônica, na Califórnia, a atriz também se destaca por outro empreendimento que foge às telas. Através da editora Harpercollins, desde 1998 escreve livros infantis. Alguns, inclusive, já fizeram parte da lista de mais vendidos do The New York Times

No âmbito pessoal, Jamie também enfrentou problemas com álcool e drogas. Segundo a atriz, ter mantido os vícios escondidos de todos foi um dos fatores que a fez passar tanto tempo presa, lutando contra eles. Em uma entrevista para a revista Variety, ela disse que o ponto de virada que a fez buscar ajuda aconteceu quando descobriu que uma amiga passava pelo mesmo problema. Este ano, ela completou 22 anos de sobriedade e se tornou uma figura proeminente na luta das pessoas contra o vício. 

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Mostrando o potencial de tramas de terror para explorar problemas intrínsecos à natureza humana, Jamie já definiu em uma entrevista Halloween Kills como “um filme sobre trauma, luto coletivo e danos colaterais”. Não mais restrita apenas à frente das câmeras, em breve o público poderá vê-la comandando o longa Mother Nature, filme que abordará o aquecimento global – um alerta sobre o problema, mas feito em formato de filme de horror, claro. Porque Jamie não é de ferro.

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