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‘Jacko’ seria incapaz de provocar a própria morte, afirma legista

Por Por Michael Thurston
11 out 2011, 19h35

Michael Jackson não podia ter provocado a própria morte, administrando a si próprio um poderoso sedativo, afirmou o médico que fez a autópsia no cantor, ao depor esta terça-feira, no julgamento de Conrad Murray, durante o qual foi exibida uma foto do cadáver do cantor.

Christopher Rogers, que examinou o corpo do “rei do pop” após sua morte, em junho de 2009, disse ser mais provável que Murray, médico pessoal de Jackson, tivesse dado a seu paciente uma dose alta demais do forte sedativo propofol tentando fazê-lo dormir.

“As circunstâncias, do meu ponto de vista, não sustentam a autoadminstração de propofol”, disse Rogers à Corte Superior de Los Angeles, onde esta terça-feira começou a terceira semana do julgamento de Murray.

O médico é acusado de homicídio culposo por dar a Jackson uma overdose de propofol. Seus advogados afirmam que o astro era um dependente desesperado que administrou a si próprio uma dose extra fatal, enquanto Murray estava fora do quarto.

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Murray contou à polícia, em depoimento apresentado à corte na semana passada, que ficou longe da cama de Jackson durante apenas dois minutos em 25 de junho de 2009 para ir ao banheiro e, ao voltar, percebeu que o cantor não respirava.

Rogers afirmou que neste espaço de tempo tão curto Jackson, que já estava fortemente sedado, não teria sido capaz de injetar na própria perna mais propofol por via intravenosa rápido o suficiente para sofrer uma parada respiratória antes de Murray voltar.

“Para mim, este cenário parece menos razoável”, declarou Rogers à corte, acrescentando acreditar que Murray simplesmente errou na dose de propofol ao tentar manter Jackson adormecido.

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Murray admitiu ter administrado a Jackson 25 miligramas da droga, um forte anestésico que o cantor chamava de “leite”, para ajudá-lo a dormir, e reconheceu que precisou aplicar doses adicionais para manter o cantor inconsciente.

No entanto, Rogers destacou que Murray não tinha equipamento de precisão, como uma bomba de infusão intravenosa, para comprovar a dose administrada.

“Essencialmente, o médico calculava a quantidade de propofol que estava administrando”, disse.

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“Acho que seria fácil, nestas circunstâncias, que o médico calculasse mal e injetasse propofol em excesso”, acrescentou.

A promotoria exibiu uma foto do corpo nu de Michael Jackson, com os genitais tapados. Rogers chamou atenção para uma faixa de marcas de agulhas nos braços e pernas, onde a droga aparentemente foi administrada.

A mãe de Jackson, Katherine, que voltou ao julgamento depois de uma semana ausente devido a uma viagem à Grã-Bretanha para assistir a um show em homenagem ao cantor, deixou o recinto pouco antes de a foto ser exibida.

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Em depoimento à polícia, também apresentado esta terça-feira, Murray contou que Jackson estava quase cego, que nunca se alimentava bem e tinha problemas para urinar, chegando inclusive a molhar a própria roupa.

Murray, que havia sido contratado dois meses antes da morte do astro para cuidar dele enquanto ele ensaiava para uma série de apresentações em Londres, disse ao júri que soube que seu paciente tinha outros médicos que lhe receitavam remédios.

Segundo ele, ‘Jacko’ ia a um famoso dermatologista de Beverly Hills, doutor Arnold Klein, três vezes por semana e muitas vezes voltava “esgotado” depois das sessões.

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“Sua equipe de produção (…) me disse recentemente que seu pior dia no set era quando havia ido ao consultório do doutor Klein, o que acontecia aproximadamente três vezes por semana”, acrescentou.

“Quando ele voltava, estava basicamente esgotado e demorava pelo menos 24 horas para se recuperar”, declarou no depoimento tomado pela polícia dois dias depois da morte do cantor.

Espera-se que o julgamento na Corte Superior de Los Angeles dure cinco semanas, estendendo-se até o final de outubro. Se Murray for considerado culpado, poderá pegar até quatro anos de prisão.

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