Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘Homem-Aranha: Longe de Casa’: na teia das ‘fake news’

No delicioso filme, o jovem super-herói enfrenta não só a adolescência como também um vilão muito habilidoso em fazer confundir verdade e ilusão

Por Isabela Boscov Atualizado em 11 mar 2021, 22h28 - Publicado em 5 jul 2019, 06h30

Pobre Peter Parker: aos 16 anos, ele não só tem o dever de ser o Homem-Aranha, defensor da vizinhança, como deve também enfrentar a ideia de vir a ocupar entre os Vingadores o lugar que foi de seu mentor, o Homem de Ferro. Já o que Peter quer, isso é bem mais simples. Peter quer ir à Europa na viagem de férias da escola; quer sentar ao lado de MJ (Zendaya) no avião; e quer declarar seus sentimentos a ela em algum lugar romântico, como o alto da Torre Eiffel. Sem chance: na estada em Veneza, um monstro de água se ergue dos canais e destrói metade dos palazzi; na passagem por Praga, o monstro é de lava e fogo; em Londres — bem, deu para ter uma ideia. O desafio é grande, e vem com agravantes. Há aqui um vilão que se acha injustiçado e que, para ganhar a estima que crê ser devida a ele, cria comoção, para assim provocar insegurança — e então beneficiar-se dela. Esse gênio do mal (e do mimimi) é ainda mestre em fazer a ilusão confundir-se com a realidade, de forma que Peter nem sempre sabe contra o que está lutando. Ainda bem que ele tem — ou ao menos parece ter — o apoio de Nick Fury (Samuel L. Jackson) e do recém-chegado super-herói Quentin Beck (Jake Gyllenhaal), apelidado de Mysterio.

Depois do delicioso De Volta ao Lar, os criadores da franquia repetem a façanha com Homem-Aranha: Longe de Casa (Spider-Man: Far from Home, Estados Unidos, 2019), já em cartaz no país, ao jogar o protagonista encarnado por Tom Holland em um universo onde ninguém sabe se aquilo que lê, ouve, vê ou toca é real, e que nada tem de paralelo: está-se aqui no nosso próprio universo, o das fake news, factoides e crises fabricadas (se alguém enxergar no vilão amuado certo presidente afeito a tira-teimas nucleares, não estará longe do alvo). Ser adolescente já é uma confusão. Nesse clima desorientador, a ansiedade de Peter, de seus amigos e dos adultos responsáveis redobra — assim como a diversão que o filme proporciona, e a agudeza do seu comentário.

Publicado em VEJA de 10 de julho de 2019, edição nº 2642

Envie sua mensagem para a seção de cartas de VEJA
Qual a sua opinião sobre o tema desta reportagem? Se deseja ter seu comentário publicado na edição semanal de VEJA, escreva para veja@abril.com.br

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.