O ator Guilherme de Pádua, hoje o obreiro Guilherme de Pádua, quer pedir perdão a Glória Perez. Mas não é só isso. “Já sonhei com esse momento. Acho que beijaria os pés dela, deixaria ela me bater”, disse ele, em entrevista à revista Viver Brasil, uma publicação com sede na capital mineira.
Condenado a 19 anos e meio de prisão pelo assassinato da atriz Daniela Perez, em dezembro de 1992, Pádua cumpriu seis anos e nove meses da pena em regime fechado. Convertido na cadeia, hoje ele trabalha para ser pastor e dirige um grupo de teatro da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.
Na entrevista, ele conta que escapou da morte dentro do presídio. “Quando entrei no presídio do Rio de Janeiro, escutei de longe uma pessoa gritar. Havia quase dois mil homens dentro daquele presídio. Estava no pátio de visita… De repente escuto uma voz falando: ‘Guilherme de Pádua chegou aê’, e outras pessoas respondendo ‘demorou’. Já escutei muitas pessoas falando ‘eu vou te matar'”.
O ex-ator evita falar do que motivou o assassinato, preservando o suspense para o que prepara com a atual mulher, Paula Maia: um livro de autoajuda com o título A história real de Guilherme de Pádua. “Todos os fatos são novos. A ótica é um pouco diferente”, avisa. “É um livro que consideraria de autoajuda para pessoas que precisam romper e enfrentar problemas. A Paula foi muito feliz porque ela tem uma ótica mais otimista, feminina”, explica.