PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Grifes femininas investem no promissor mercado de cosméticos para homens

E mais um tabu ensaia perder terreno

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h08 - Publicado em 26 mar 2021, 06h00

Até muito recentemente, eram dois clubes ostensivamente separados — o das “luluzinhas” e o dos “bolinhas”, e não haveria como aproximá-los. Para elas, saias e salto alto, em tons vibrantes. Para eles, camisas e blazers, sempre discretos. As fronteiras, porém, começaram a ser abertas com a aparição de ídolos jovens, como o cantor britânico Harry Styles e o rapper americano A$AP Rocky, colados a um modo de vestir, digamos, até então sobejamente feminino. E então as placas tectônicas começaram a se mexer — tanto e tão ruidosamente que aceleraram um novo fenômeno, o da maquiagem masculina.

Nos últimos meses, uma seleção de produtos pensada para atrair os homens despontou nas lojas eletrônicas. São corretivos, bases para a face, protetores para os lábios e géis de barba e sobrancelha. Tudo quase sempre em embalagens de cores sóbrias e design minimalista. Não se trata, naturalmente, de replicar o aspecto vibrante popularizado pelas drag queens, e sim de conquistar uma aparência natural, com cobertura das imperfeições do rosto. “Eles querem a pele corrigida, mas não gostam de parecer que usaram maquiagem”, diz o celebrado maquiador Rodrigo Costa, de São Paulo. “A naturalidade é essencial.” Para ajudar os iniciantes, brotam na internet tutoriais didáticos sobre o que fazer e como. Há evidente interesse. Estima-se que o mercado global de produtos afeitos aos cuidados da pele tenha chegado, em 2020, a 145 bilhões de dólares — e o universo masculino respondeu por 45 bilhões de dólares desse montante. É bastante. Uma pesquisa da empresa de inteligência de dados americana Morning Consult mostrou que um em cada quatro homens está disposto a incluir a maquiagem em seu cotidiano.

LÁBIOS QUE BEIJEI - O bálsamo labial da britânica Shakeup concede brilho e aumenta o volume, além de ter fator protetor contra os raios ultravioleta -
LÁBIOS QUE BEIJEI – O bálsamo labial da britânica Shakeup concede brilho e aumenta o volume, além de ter fator protetor contra os raios ultravioleta – (Reprodução/Instagram)

Dá-se, realmente, o encontro de mundos avessos. Uma das pioneiras foi a francesa Chanel, eterno ícone feminino, com uma linha de cosméticos de olho neles. A americana Tribe Cosmetics lançou um hidratante pré-maquiagem. A britânica Shakeup pôs nas prateleiras virtuais um bálsamo labial. A multinacional Avon e a brasileira Simple Organic apostaram em produtos sem distinção de gêneros. “Os homens já representam 40% das vendas dos nossos corretivos, mas para conquistá-los é preciso oferecer praticidade e multifunções”, diz Patricia Lima, CEO da Simple Organic. Por favor, sem brigas no banheiro porque uma (ou um) usou o produto do outro.

Publicado em VEJA de 31 de março de 2021, edição nº 2731

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.