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Gravuras de genitália descobertas na França podem ser mais antiga arte mural

Por Da Redação
14 Maio 2012, 19h20

Washington, 14 mai (EFE).- Uma equipe internacional de antropólogos descobriu no sul da França gravuras de genitália feminina que consideram como as mais antigas representações de arte mural conhecidas até agora, informou nesta segunda-feira a revista ‘Proceedings of the National Academy of Sciences’ (PNAS).

O conjunto de imagens, que também inclui animais e formas geométricas gravados em um bloco de pedra de 1,5 tonelada, têm aproximadamente 37 mil anos e, segundo os cientistas, oferecem uma mostra do papel que a arte desempenhava nas vidas cotidianas dos humanos do período Aurignacense.

A cultura Aurignacense substituiu a Musteriense há cerca de 38 mil anos e, em outros lugares, a Châtelperroniense, no início do Paleolítico superior, estendendo-se desde o sudeste da Europa (atual Grécia) em direção a nordeste, chegando à Itália, França e o leste da Espanha.

Uma equipe de mais de dez de arqueólogos e antropólogos de universidades e institutos pesquisadores da Europa e Estados Unidos escavou durante 15 anos no lugar do descobrimento, chamado Abri Castanet.

‘Durante muito tempo Abri Castanet e Abri Blanchard foram reconhecidos entre os lugares da Eurásia que mostraram os artefatos com símbolos humanos mais antigos’, assinalou o artigo.

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Entre os objetos que mostram a presença humana foram encontrados dentes de animais, conchas perfuradas, marfim, pedras, talhas, marcas e pinturas em superfícies de pedra.

‘Os primeiros humanos aurignacenses funcionavam, mais ou menos, da mesma forma que os humanos do presente’, explicou Randall White, professor de antropologia na Universidade de Nova York e um dos autores do estudo.

‘Os aurignacenses tinham complexas identidades sociais que se comunicavam mediante a ornamentação pessoal e praticavam a escultura e as artes gráficas’, afirmou White.

Em 2007, a equipe descobriu um bloco de pedra caliça com imagens gravadas no que tinha sido uma caverna ocupada por um grupo de caçadores de renas. As análises geológicas posteriores mostraram que o teto da caverna, agora desmoronado, ficava a cerca de dois metros de altura do solo.

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Mediante o processo de radiocarbono, que determina a antiguidade dos compostos orgânicos pela radiação, os pesquisadores afirmaram que os tetos com gravuras, que incluem representações de vaginas, animais e formas geométricas, e os outros artefatos achados no solo datam de, aproximadamente, 37 mil anos.

‘Estas expressões de arte parecem ser um tanto mais antigas que as famosas pinturas da caverna de Chauvet, no sudeste da França’, explicou White em uma referência às pinturas descobertas nesse lugar em 1994.

‘Mas, ao contrário das pinturas e gravuras de Chauvet, que se encontram em lugares muito profundos e afastados das áreas de vida cotidiana, as gravuras e pinturas em Castanet estão relacionadas diretamente com a vida diária, dada sua proximidade às ferramentas, fornalhas, a produção de ferramentas com ossos e chifres, e as oficinas de ornamentos’. EFE

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