O Bem Amado, filme dirigido por Guel Arraes, estreia nesta terça-feira como microssérie da Globo. Dividido em quatro partes e acrescido de cenas extras, o longa-metragem será exibido a partir das 23h30, logo após o Big Brother Brasil. A versão para a TV terá 26 minutos a mais que os 107 minutos originais levados às salas de cinema. De acordo com Guel Arraes, O Bem Amado já foi feito com a possibilidade de virar série, que vai explorar melhor algumas tramas da história de Dias Gomes, como a do casamento do Dirceu Borboleta.
Para o diretor, o ritmo folhetinesco da história tem um apelo natural para a televisão. “Tem essa coisa do humor, do folhetim, de algumas repetições. Acho que ele se encaixa perfeitamente na TV”, comenta. “Além, é claro, de potencialmente atingir muito mais gente. O público de TV é muito maior”, completa. O diretor Daniel Filho vai fazer o mesmo e transformará em série o longa-metragem Chico Xavier. A atração será exibida de 25 a 28 de janeiro.
É difícil encontrar quem não conheça a história de O Bem Amado. Aqui, na versão de Guel Arraes, Marco Nanini interpreta o lendário Odorico Paraguaçu, prefeito da pequena Sucupira, cuja meta principal é a inauguração do cemitério municipal. O problema é que o prefeito usa de muita maracutaia para realizar seu sonho. Assim, Odorico finaliza a obra, mas o problema é que ninguém morre na cidade. Em sua trajetória para produzir (ou encontrar) um defunto, surge Ernesto (Bruno Garcia), o moribundo primo das irmãs Cajazeiras – interpretadas por Andrea Beltrão, Zezé Polessa e Drica Moraes -, aliadas do prefeito. Em Sucupira, porém, o primo encontra a cura para o seu mal “incurável”. Com a ajuda do fiel (e ingênuo) assessor Dirceu Borboleta (Matheus Nachtergaele), Odorico, então, contrata o temido cangaceiro Zeca Diabo (José Wilker).
Como se não bastasse, Odorico ainda tem de enfrentar a oposição comandada por Wladymir (Tonico Pereira) e Neco Pedreira (Caio Blat). Para complicar ainda mais, Neco e Violeta (Maria Flor), a filha do prefeito, se apaixonam. Na versão do Guel, os acontecimentos de Sucupira acompanham a história do Brasil, principalmente o processo de redemocratização e a campanha das Diretas Já. A trama de O Bem Amado continua atual – e olha que o texto tem como origem uma peça que Dias Gomes escreveu em 1962 (Os Mistérios do Amor e da Morte) e que foi exibida em formato de telenovela em 1973.
(Com Agência Estado)