Geisy vai de calça jeans à audiência contra Uniban; decisão só sai no fim do ano

Ex-estudante de Turismo pede 1 milhão de reais de indenização pela humilhação sofrida em outubro de 2009. Advogado da universidade diz que a culpa é da própria Geisy

Por Da Redação
1 jul 2010, 21h30

Geisy Arruda chega a audiência (Divulgação/VEJA)

A ex-estudante de Turismo Geisy Arruda compareceu de calça jeans ao Fórum de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde foi realizada nesta quinta-feira a primeira audiência do processo que move contra a Universidade Bandeirante (Uniban). A ex-estudante, hoje empresária de moda, pede 1 milhão de reais à instituição pela forma como atuou – ou deixou de atuar – no dia em que foi à aula com um microvestido cor-de-rosa e sofreu hostilidade por parte dos colegas, e quando chegou a expulsar Geisy, decisão revista em seguida. Captada por celulares, a cena caiu na internet e rendeu fama a Geisy Arruda. O fato, aliás, alimentou alguns dos argumentos da defesa da Uniban. O advogado da universidade, Vicente Cascione, disse que a instituição não faria nenhuma proposta de acordo com a ex-aluna e insinuou que ela já tinha faturado alto em cima da história. A decisão da justiça só deve sair no fim do ano.

Caccioni afirmou também que a ex-aluna de Turismo é culpada por tudo que houve na instituição, no ano passado. “Está claro, até pelas palavras dela mesma, que ela foi a causadora de tudo”, disse o advogado, durante o intervalo da audiência. “Tudo que ela fez foi no dispor foi no sentido de se expor e desencadear um processo de dinâmica de grupo que era previsível.”

Por cerca de uma hora, a ex-aluna do curso de Turismo contou detalhes do que ocorreu no dia 22 de outubro do ano passado, quando ela causou alvoroço e foi hostilizada nas dependências da universidade por estar trajando um vestido rosa curto. Nove testemunhas foram ouvidas pelo juiz Rodrigo Gorga Campos, da 9ª Vara Cível: duas testemunhas de Geisy, uma comum às partes e seis testemunhas da Universidade.

No dia 18 de agosto, o juiz encerrará a fase de instrução e dará 10 dias para cada advogado apresentar as alegações finais.

(Com Agência Estado)