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Filme com Kristen Stewart é vaiado em Cannes

'Personal Shopper', de Olivier Assayas, perde-se na tentativa de explorar o sobrenatural

Por Mariane Morisawa, de Cannes
16 Maio 2016, 19h37

As sessões de imprensa não costumam ser um termômetro muito confiável da recepção aos filmes da competição no Festival de Cannes. Talvez pelo cansaço, a maior parte dos concorrentes é saudada com palmas protocolares ao final. De vez em quando, um longa consegue aplausos mais consistentes – nesta edição, foi o caso de Paterson, de Jim Jarmusch, Toni Erdmann, de Maren Ade, e Loving, de Jeff Nichols. Vaias são raras. Mas, quando acontecem e não são obra de um lobo solitário, a mensagem é bem clara. Mal de Pierres, da francesa Nicole Garcia, passou incólume, surpreendentemente. Seu conterrâneo Personal Shopper, de Olivier Assayas, não teve a mesma sorte na noite desta segunda-feira: as vaias foram muitas e persistentes e seguiram uma exibição pontuada por risos em momentos em que eles não deveriam existir. Estrelado por Kristen Stewart, Personal Shopper é mesmo cheio de problemas, especialmente em seu terço final.

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A atriz, que ganhou o César por Acima das Nuvens, produção anterior do próprio Assayas, interpreta Maureen, uma americana que trabalha em Paris como personal shopper de uma celebridade. Ela não gosta do que faz e fica em conflito com a superficialidade da coisa. A garota está em luto: seu irmão gêmeo Lewis morreu faz pouco tempo. Os dois eram médiuns, com habilidade de sentir a presença de espíritos. Combinaram que, quando um passasse desta para melhor, daria um sinal ao outro. Maureen agarra-se a essa esperança, ou despedida, enquanto reexamina sua própria vida, seus medos e suas angústias.

Essa exploração do luto e da busca pela identidade é bem interessante, e a verdade é que Kristen Stewart, sempre muito criticada, mostra que consegue oferecer uma boa performance. Assayas é um cineasta talentoso, que sabe construir boas cenas e gosta de subverter os filmes de gênero. Aqui, reveste o filme de um tom sobrenatural – trata-se, no fim, de uma história de fantasmas, seja na conotação literal ou figurada. Mas se perde à medida que o tempo avança, com sustos com ar de truque para desconcertar o espectador. O final apaga um pouco quaisquer boas impressões que tenham vindo antes. Daí as vaias.

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