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Filha de brasileira, atriz de ‘Maze Runner’ alça voo em Hollywood

Em entrevista ao site de VEJA, Kaya Scodelario fala sobre o segundo episódio da saga distópica, seu próximo papel na franquia 'Piratas do Caribe' e como se mantém atualizada sobre a cultura do Brasil

Por Raquel Carneiro e Daniel Dieb
23 set 2015, 14h36

Entre uma frase e outra, Kaya Scodelario opta pelo português. Apesar de preferir dar entrevista em inglês, sua língua nativa, a atriz nascida em Londres não passa vergonha quando é necessário falar o idioma da mãe, a brasileira Katia Scodelario. “Eu cresci vendo muita produção do Brasil. Sou apaixonada por Escrava Isaura, a primeira novela a que assisti”, conta a atriz em entrevista ao site de VEJA.

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Depois da boa estreia na carreira, em 2007, como a protagonista Effy, na série Skins, e alguns trabalhos menores, Kaya conseguiu o cobiçado lugar ao sol em Hollywood com o filme Maze Runner: Correr ou Morrer (2014). Na franquia distópica, ela interpreta Teresa, a única garota a ser presa em um labirinto misterioso repleto de adolescentes. Já no segundo longa, que chegou ao Brasil conquistando o topo da bilheteria com 624.541 de espectadores, a atriz ganha espaço, ao tomar decisões que alteram completamente o rumo da história.

Apesar de a saga adolescente não ser das mais fortes em um cenário ocupado por Divergente e Jogos Vorazes, ela foi um trampolim e tanto na carreira da jovem, que em 2017 ocupará o cargo de mocinha de Piratas do Caribe: Os Mortos Não Contam Histórias, quinto filme da série. A franquia é dona de personagens femininas fortes, antes interpretadas por Keira Knightley e Penélope Cruz. “Eu sou uma grande fã dos filmes. Eu tinha 10 anos quando o primeiro saiu. O Orlando Bloom era minha paixão platônica na época”, conta. Confira abaixo a conversa completa com a atriz:

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Em Maze Runner: Prova de Fogo, sua personagem se aventura em um mundo pós-apocalíptico, com perseguições no deserto e edifícios destruídos. Como foi fazer essas cenas? Foi muito mais desafiador que no primeiro filme. No anterior, nós tínhamos animais estranhos e bastante umidade, mas era um só espaço. Um ambiente controlado. Neste, estamos em externa, em Albuquerque, Novo México. Então, tivemos que lidar com ventania, frio e tempo seco. A locação era em uma altitude tão alta que às vezes era difícil respirar. Eu acordava de manhã e me sentia cansada, com o olho ardendo. Foi bem difícil. Mas foi importante para os personagens se sentirem pequenos, porque somos parte de algo maior.

Há diversas cenas em que vocês correm bastante, cenas que pedem muito do físico do ator. Vocês se preparam de alguma maneira? Não fiz preparação física, mas deveria ter feito. Chegamos uma semana antes do início das gravações em Albuquerque, para nos acostumarmos com altitude de lá. De certa forma, foi bom que eu não tenha me preparado tanto, porque os personagens também não ficaram treinando. E é bom ver que eles não correm como o Tom Cruise.

A franquia fala sobre dias devastadores, com a Terra destruída. Você é otimista ou pessimista em relação ao futuro? Sou otimista. Sempre fui. Eu acredito na humanidade, gosto de pessoas. Acho que podemos fazer o bem, é só querermos.

Como você imagina o mundo daqui a cem anos, por exemplo? Espero que não esteja assim como no filme. Seria muito triste se a humanidade terminar desse jeito. Mas é uma possibilidade. Por isso, os jovens amam esse tipo de longa, pois não é uma realidade tão distante. Se não cuidarmos do nosso planeta e um dos outros, terminaremos na mesma situação.

Você se interessa pelo assunto, lê livros e assiste a filmes apocalípticos? Esta foi minha primeira experiência com o tema. Era algo em que eu realmente não pensava antes. Sou do tipo que se importa mais com o presente e viver o que somos hoje. Mas essa série me fez pensar mais sobre o futuro. Especialmente ao falar com Giancarlo Esposito (ex-Breaking Bad, que interpreta Jorge). Ele é muito ligado em assuntos sobre o meio ambiente e aquecimento global, então aprendi bastante.

Você dará vida à nova mocinha da franquia Piratas do Caribe. O que podemos esperar? Estou muito animada com Piratas. Este quinto filme vai ser bem diferente dos demais. Temos dois diretores maravilhosos (Joachim Rønning e Espen Sandberg), que fizeram o documentário Expedição Kon Tiki, indicado ao Oscar. Eles são bem diferentes dos diretores de blockbusters de Hollywood. É uma franquia muito divertida. Há uma razão para os filmes ainda serem tão populares e amados, pois é uma aventura de fantasia muito boa.

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Como será sua personagem? Ela é uma mulher forte, muito inteligente, sagaz, teimosa e argumentativa. Ela está em meio a uma jornada, quando encontra Jack Sparrow no caminho, e, claro, ele atrapalha tudo.

Você era uma fã de Piratas do Caribe? Sim. Eu sou uma grande fã dos filmes. Eu tinha 10 anos quando o primeiro saiu. O Orlando Bloom era minha paixão platônica na época. Fiquei muito animada com o papel.

Até Maze Runner você é considerada uma artista que tem apelo junto ao público adolescente. Acha que isso vai mudar agora com Piratas do Caribe? Talvez. Mas me surpreendi ao ver muitas crianças e adolescentes fãs, que foram visitar o set de filmagens. Acho que a franquia tem um apelo muito grande com jovens, também.

Além do português, quais outros elementos da cultura brasileira sua mãe ensinou? Tudo, na verdade. A cultura brasileira é muito importante na nossa vida. Eu cozinho comida brasileira. Amo bife à milanesa e arroz e feijão. Escuto músicas nacionais, minha casa é colorida e cheia de plantas. Eu cresci vendo muita produção do Brasil. Sou apaixonada por A Escrava Isaura, a primeira novela a que assisti, e pelo cinema também, especialmente por Cidade de Deus, Tropa de Elite e a animação Rio, que acho linda. Agora, a minha nova empreitada é aprender mais sobre o hip hop brasileiro.

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