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Filha da atriz Solange Couto conta que foi estuprada por parente

Jovem diz ter sido violentada aos 11 anos e, mais tarde, por um então namorado

Por Da redação
Atualizado em 28 out 2016, 10h51 - Publicado em 28 out 2016, 10h46

Há quatro anos, Morena Mariah contou à mãe, a atriz Solange Couto, ter sido vítima de violência sexual com dois diferentes algozes. O primeiro caso aconteceu quando ela tinha apenas 11 anos, com um parente, e o mais recente, com o próprio namorado. A atriz e a filha falaram pela primeira vez sobre o caso em uma entrevista ao jornal Extra, publicada nesta sexta-feira. “Passei por dois episódios de abuso e nenhum dos dois foi com pessoas desconhecidas”, contou Morena.

Segundo a jovem, o primeiro abuso sexual aconteceu dentro da sua própria casa, enquanto a mãe saía para trabalhar. “Minha mãe trabalhava em outro Estado e designou um familiar para tomar conta de mim nos períodos de ausência. Durante esse tempo em que ele ficou responsável por mim, ocorreram os episódios de abuso. Ele morava comigo na minha casa. As pessoas acreditam que estupro só acontece na rua, com um estranho que se aproxima numa rua escura. E não é assim”,disse.

O segundo caso aconteceu quando a jovem já era adulta. “Namorei um rapaz, e ele se aproveitou de um momento em que eu estava embriagada e adormecida para me estuprar. Sexo sem consentimento é estupro. Mesmo que o sujeito que faça isso seja o cônjuge. Demorei algum tempo para entender o que tinha acontecido. E, mesmo após o ocorrido, ele tentou fazer piada do fato de ter feito aquilo. E, como era uma pessoa de minha total confiança, eu tentei esquecer o assunto. Eu demorei muitos anos para conseguir falar sobre isso”, contou.

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Solange Couto contou que sabe quem foi a pessoa que abusou da filha, mas que a filha não quer denunciar, pois tem medo. “Fiquei absurdamente indignada. Isso me revolta de tal maneira, porque eu não posso fazer nada, nem justiça, porque a Morena só veio me contar isso anos depois, quando ela já era maior. Então, não tive o que fazer. Me sinto amarrada, de pés e mãos. Não posso chegar na cara da pessoa e dar um murro, nem apontar o dedo na cara e esculachar”, desabafou a atriz.

Morena contou que luta contra a depressão depois dos casos de abuso e que procurou outras pessoas que passaram pela mesma situação e gente ligada ao feminismo para finalmente entender que a culpa não foi dela. “Vivo uma luta diária. O estupro causa um estrago muito grande dentro da gente porque as pessoas colocam a culpa sempre na vítima. Querem saber com que roupa você estava, se você havia bebido, como se qualquer uma dessas coisas pudesse justificar um estupro. Foi muito doloroso para mim, mas a gente não tem do que se envergonhar e não pode se calar”, completou.

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