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Festival de cinema no Maranhão destaca criação autoral

Por Da Redação
26 jul 2011, 11h10

Por AE

São Paulo – O que torna um festival de cinema original em relação às duas centenas de eventos similares existentes no Brasil? O recém-encerrado 1º Festival Internacional Lume dá como resposta possível a opção radical pelos alternativos. Isso quer dizer que dificilmente você irá ver em outra parte filmes como os programados pelo festival maranhense.

Basta ver a lista dos premiados para comprovar: na mostra competitiva internacional venceu o polonês “O Moinho e a Cruz”, do polonês Lech Majewski. Na competitiva nacional ganhou “Além da Estrada”, de Charly Braun. Já o prêmio da mostra Olhar Crítico contemplou “Totó”, documentário do austríaco Peter Schreiner.

A seleção dos filmes obedece ao gosto do curador do festival, Frederico Machado, um tipo ideal de cinéfilo. Machado é proprietário da distribuidora Lume, que se tornou conhecida no mercado nacional por lançar títulos raros, ignorados por outras distribuidoras. Caso do clássico francês “La Maman et la Putain”, de Jean Eustache, que, não fosse pela Lume, permaneceria inédito no Brasil. A Lume vem lançando quatro títulos ao mês e agora se aventura na distribuição de filmes em cinemas – “Lola”, do filipino Brillante Mendoza, em cartaz em São Paulo, abriu o festival.

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Tal opção pela radicalidade cobra seu preço. Frederico Machado esperava mais público para o festival. “Acho que as coisas em São Luís são difíceis mesmo, mas no segundo festival tudo deve melhorar”, diz. Machado pretende atrair mais plateia quando as atenções estiverem voltadas para o aniversário de 400 anos de São Luís, que serão comemorados em 2012. “Devemos entrar no calendário de festejos da cidade”, afirma, fazendo a ressalva de que se mantém longe das disputas políticas locais. “Minha política é o cinema.”

Se o público é o desafio de Machado, a qualidade ou o teor provocativo dos filmes são seus trunfos. O festival apresentou títulos de alto nível, como o próprio “Totó”, evocação de sua terra natal por um calabrês que vive em Viena e trabalha como porteiro do Konzerthaus na capital austríaca. Mas a primeira edição do Lume teve também sua nota polêmica ao exibir o controvertido “A Serbian Film”, de Srdjan Spasojevic, terror sexual, que teve sua exibição vetada no RioFan, do Rio, e cuja cópia foi apreendida. O caso deverá ter desdobramentos jurídicos que colocam em questão a volta da censura e o tema da liberdade de expressão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Premiados

Internacionais

Filme – “O Moinho e a Cruz”, de Lech Majewski.

Diretor – Veiko Ounpuu, por “A Tentação de Santo Antônio”.

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Contribuição Artística – “Rio Dooman”, de Lu Zhang.

Menção Honrosa – “Abrigo”, de Dragomir Sholev.

Curta – “Rita”, de Fábio Grassadonia e Antonio Piazza.

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Nacionais

Filme – “Além da Estrada”, de Charly Braun.

Direção – Fabiano de Souza, por “A Última Estrada da Praia”.

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Menção Honrosa – “Terra Deu, Terra Come”, de R. Siqueira.

Curta – “Caos”, de Fábio Baldo.

Menção Honrosa – “O Som do Tempo”, de Perus Cariry.

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