Fabrício Lemos é o chef do ano de Salvador
Determinado a reinventar a culinária baiana, o tricampeão prepara-se para abrir o segundo restaurante
Teria ele enveredado pela gastronomia caso sua família não fosse sorteada com um green card, a cobiçada autorização para morar nos Estados Unidos, e se mudasse para Miami? A pergunta é apetitosa, mas para ela Fabrício Lemos não encontra resposta. Levado para a principal cidade da Flórida em 1998, aos 17 anos, ele se empregou no extinto italiano Chef Sammy’s Doral não porque ambicionasse ganhar a vida como chef, mas porque precisava de um trabalho. Qualquer trabalho. Começou lavando pratos e quebrando um galho ou outro para os cozinheiros, como ajudá-los no preparo das massas. Dois anos depois, foi promovido a um deles. A nova função lhe apeteceu e o levou a cursar a Le Cordon Bleu, na vizinha Fort Lauderdale. Em 2010, voltou para Salvador com o diploma da prestigiosa escola de gastronomia na bagagem e a experiência de ter trabalhado por mais de seis anos para o grupo The Ritz-Carlton. Por aqui atuou no Mistura (pág. 112), no Amado (pág. 110) e no Al Mare (pág. 116), no qual foi eleito o chef do ano pelo júri de VEJA COMER & BEBER pela primeira vez. Não demorou a concretizar o desejo de ter a própria cozinha. Em seu restaurante, o Origem, inaugurado há dois anos na Pituba, Lemos apresenta uma releitura da gastronomia do estado. “Meu lema é comida baiana além do dendê”, diz ele, hoje com 38 anos. “Não dá para elevar o padrão culinário cozinhando o mesmo de sempre”, argumenta. O estabelecimento é tocado em parceria com sua mulher, a chef pâtissière Lisiane Arouca. “Eu cuido dos pratos principais e ela, em outra cozinha, dos snacks, do couvert e das sobremesas.” Embalado pelo sucesso, o casal decidiu lançar-s e em uma nova empreitada: o restaurante Ori, no Horto. Com inauguração prevista para o fim de novembro, a casa vai funcionar no almoço e à tarde.
2º lugar: Angeluci Figueiredo (Preta)
3º lugar: Andréa Ribeiro (Mistura)