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EUA: novo projeto de Mel Gibson revolta comunidade judaica

Ator e diretor trabalha em história sobre guerreiro judeu que liderou revolta contra os exércitos gregos e sírios no século II a.C. Possibilidade de Gibson, que já proferiu insultos antissemitas, estrelar o longa incomoda judeus

Por Da Redação
9 set 2011, 21h09

A participação do ator e diretor Mel Gibson no projeto de um filme inspirado em Judas Macabeu, guerreiro judeu que liderou uma revolta contra os exércitos gregos e sírios no século II a.C, despertou imediata rejeição por parte da comunidade judaica nos Estados Unidos. Gibson, que já se envolveu em polêmicas por comentários antissemitas, se associou ao roteirista Joe Eszterhas (Showgirls) para desenvolver o projeto, que pode vir a estrelar — para descontentamento dos judeus americanos.

Em 2006, o protagonista de Braveheart (1994) culpou os judeus por “todas as guerras do mundo”, quando foi detido por dirigir embriagado. Dois anos antes, foi acusado de gerar uma má imagem dos judeus em seu filme A Paixão de Cristo (2004). Além de suas próprias acusações, Mel Gibson também se viu envolto em polêmica pelos comentários de seu pai, Hutton Gibson, que chegou a pôr em dúvida o próprio Holocausto.

O projeto de novo longa já foi aprovado pela Warner Bros, mas ainda não há informações que confirmam a presença de Mel Gibson no filme. Como a produção do longa-metragem é fruto de uma parceria entre sua produtora, a Icon Productions, e a Warner, Gibson pode aparecer inclusive como diretor. Seja como for, os judeus americanos estão apreensivos.

“Judas Macabeu merece algo melhor. É um herói para os judeus e um herói universal na luta pela liberdade religiosa. Seria uma farsa que sua história fosse contada por alguém que não tem respeito e, muito menos, sensibilidade para retratar nossas crenças”, disse Abraham Foxman, diretor da organização judaica Anti Defamation League.

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O fundador do Museu da Tolerância em Los Angeles, o rabino Marvin Hier disse que Gibson “só mostrou falta de respeito pelos judeus” e qualificou sua presença no filme como um “insulto a toda a comunidade judaica”. Hier também comparou o ator ao investidor Bernard Madoff, que estava à frente de uma comissão que lutava pela legalidade das operações financeiras e acabou como responsável por uma fraude milionária, e a alguém que defendesse a supremacia branca e que fosse escolhido para dirigir um filme sobre Martin Luther King.

Mel Gibson já se desculpou em várias ocasiões por seus comentários antissemitas, embora para Hier suas palavras não tenham sido suficientes. O rabino queria que o artista mostrasse seu arrependimento escrevendo um editorial para se explicar, demonstrando que procurou saber sobre o Holocausto ou algum campo de concentração.

(Com agência EFE)

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