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Especialistas alertam: a próxima Ana Hickmann pode ser você

Criminóloga Ilana Casoy, autora de livros sobre casos policiais célebres como o do Maníaco do Parque e o da ex-estudante Suzane Richthofen, recomenda a todos – especialmente aos anônimos – moderação nas redes sociais. Especialista em defesa pessoal reforça orientação e dá dicas para perceber a aproximação do perigo

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 Maio 2016, 15h41

A tragédia que a apresentadora Ana Hickmann protagonizou, no último dia 21, ganhou destaque por envolver uma personagem da televisão. Casos como esse, no entanto, acontecem aos montes pelo mundo, todos os dias, com todo tipo de gente. Para todos, famosos ou anônimos, uma dica de ouro dos especialistas ouvidos pelo site de VEJA é maneirar na exposição nas redes sociais, que servem tanto para fornecer o paradeiro de seus usuários como para alimentar personagens que outros podem admirar.

“Casos de obsessão amorosa envolvem delírio. E delírio, em maior ou menor grau, representa fuga da realidade. Se eu falar sobre delírios em menor grau, muita gente vai se identificar”, diz a criminóloga Ilana Casoy. “Muita gente se deixa iludir, acreditando que seu objeto amoroso envia sinais que na verdade nem existem”, diz. “A esposa do maníaco do parque se apaixonou por ele assim: ela escreveu uma carta dizendo que, no dia em que ele usou uma determinada camisa em público, ela tinha certeza de que tinha sido para ela.”

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Para Ilana Casoy, estudiosa de grandes crimes como o do Maníaco do Parque e o da ex-estudante Suzane Richthofen, que transformou em livro, todos temos de aprender a lidar melhor com as redes sociais para nos preservar. “Redes sociais facilitam a ação de stalkers: as pessoas fazem check-in em todo lugar por onde passam e assim se tornam alvos fáceis de perseguir”, diz a criminóloga. “Para piorar, a edição de informação nos perfis sociais, onde as pessoas sempre aparecem lindas e felizes, ajudam a criar personagens atraentes para os stalkers e os fãs delirantes. A pessoa que está do outro lado da tela acredita criar uma intimidade que na verdade não possui com o alvo.”

Guilherme de Pádua, o assassino da atriz Daniela Perez, filha da novelista Gloria Perez, teria sofrido de delírios à época do crime. Segundo Ilana, ele se pensava envolvido com Daniela, que era casada com o ator Raul Gazolla.

Ilana Casoy acredita que Rodrigo Augusto de Pádua, o fã que manteve Ana Hickmann como refém e acabou morto pelo cunhado da apresentadora após um embate corporal, poderia sofrer de erotomania ou da Síndrome de Clérambault. A primeira é quando a pessoa acredita que vive uma história, uma relação, com uma figura pública. A segunda, igualmente delirante, é similar: a pessoa perde o contato com a realidade e se convence de que está envolvida com alguém com quem, na verdade, não tem o relacionamento imaginado.

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Ricardo Nakayama, especialista em defesa pessoal e segurança, é da mesma opinião quanto às redes sociais. Aqui, diz, menos é mais. “Personalidades públicas têm agenda amplamente divulgada nas redes sociais. Com essas informações, fica muito fácil descobrir onde a pessoa vai estar, quando e em que horário, e ir atrás dela”, diz. “As redes sociais acabam sendo uma grande fonte para você colher dados sobre uma pessoa.”

É claro que contar com uma equipe de seguranças ajuda muito. Medidas preventivas, como estudar a aproximação de estranhos, também. “Uma das mais importantes habilidades que devemos desenvolver é a leitura corporal. O corpo humano emite constantemente ‘sinais’ que podem ser interpretados para prever as atitudes que serão tomadas pelas pessoas”, diz Ricardo. “Se tivermos atenção, podemos observar vários indicadores que denunciam as intenções do agressor.”

Confira abaixo dicas de Ricardo Nakayama para escapar às investidas de um agressor.

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