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‘Emmanuelle’, o fenômeno que seduziu uma geração

Por Da Redação
18 out 2012, 13h44

Emmanuelle, um dos maiores sucessos cinematográficos de 1974, foi visto no cinema por 50 milhões de espectadores do mundo inteiro — e até 350 milhões, se consideradas outras mídias. Fenômeno de público, o filme “abriu as válvulas” do cinema pornô, segundo os produtores que testemunharam a superação superação do pudor promovida pelo longa de Sylvia Kristel, atriz holandesa que se tornou ícone da liberação sexual nos anos 1970.

Em Atenas, Caracas e outras capitais, houve tumulto nas exibições do filme. Pela primeira vez, casais fizeram fila para ver um filme erótico, que muitos chegaram ao limite de considerar um longa de arte experimental. Em Paris, o cinema Champs-Elysées acabaria exibindo o filme, que narra as muitas experiências sexuais de uma diplomata em Bangcoc, por incríveis 553 semanas (ou seja, mais de dez anos).

Emmanuelle foi adaptado de um best-seller erótico de mesmo nome, lançado em 1959 por Emmanuelle Arsan. O produtor Yves Rousset-Rouard, ansioso por entregar o projeto para um jovem diretor, convidou o talentoso fotógrafo Just Jaeckin, ainda inexperiente na direção de um longa-metragem. Depois de Emmanuelle, ele rodou A História de O (1975) e O Amante de Lady Chatterley (1981), novamente com Sylvia Kristel. Foi Pierre Bachelet, autor da trilha sonora de Bronzeados (Les Bronzés Font du Ski, 1979), que compôs a música-tema.

Emmanuelle também marcou a estreia da francesa Christine Boisson no cinema. Ela aparece no papel de Marie-Ange, uma menina bastante atrevida. O francês Alain Cuny concordou em participar do filme na condição de que seu nome passasse despercebido nos créditos. Mas, com a explosão e sucesso do filme, o ator acabou protestando para ter seu nome em destaque.

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Sem censura — Em 1974, a censura francesa impôs cortes ao filme. Mas, com a morte do presidente francês Georges Pompidou, um novo secretário de Estado da Cultura, Michel Guy, foi nomeado e permitiu que o filme chegasse na íntegra aos cinemas.

Na estreia do longa, Sylvia Kristel foi vítima de diversos insultos, “vadia” entre os mais leves, e alvo de todos os tipos de rumores, como a história de que mantinha um romance com o presidente Valéry Giscard d’Estaing. “É mentira. Além disso, eu era 100% Mitterrand”, diria a atriz anos depois.

Após o sucesso, seu nome ficou ligado à saga erótica, composta ainda por Emmanuelle, a Anti-Virgem (1975) e Adeus, Emanuelle (1977). Ela fez seis longas para a TV, já na pele de uma velha Emmanuelle, entre eles Para Sempre Emmanuelle, A Vingança de Emmanuelle, Veneza com Emmanuelle e A Magia de Emmanuelle, todos de 1994.

(Com agência France-Presse)

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