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Em edição semipresencial, feira Art Basel volta a faturar em Hong Kong

Mercado de arte mostra sinais de recuperação num vislumbre para a vida pós-pandemia; mais de 50 galerias atenderam ao tradicional evento de forma virtual

Por Tamara Nassif Atualizado em 25 Maio 2021, 13h16 - Publicado em 25 Maio 2021, 08h51

Pela primeira vez desde 2019, a feira de arte Art Basel voltou a tomar corpo em Hong Kong – e a indicar que bons ventos sopram para o mercado artístico. Em edição híbrida, ou seja, de formato presencial e virtual, o tradicional evento no Centro de Convenções e Exibições de Hong Kong foi encerrado no último domingo, 23, com mais de 100 galerias, mais da metade delas via “cabines de satélite” para contornar as barreiras impostas pela pandemia. O novo conceito funcionou assim: espalhados pelo espaço físico, estandes formados por representantes locais, não funcionários das galerias, exibiam tours virtuais pelas obras à venda, o que permitiu que os acervos fossem comercializados com biossegurança.

“Mais de 90% das vendas do primeiro dia foram colocadas em coleções superlativas em toda a região, o que mostra que o mercado de arte na Ásia está em alta”, disse Iwan Wirth, presidente e cofundador da Hauser & Wirth, galeria de arte contemporânea da Suíça. Apesar de não divulgar números concretos, a organização do evento garante que houve “fortes vendas em todos os níveis do mercado, e durante toda a feira”.

Para os visitantes locais, as restrições já conhecidas da pandemia fizeram-se presentes: era mandatório o uso de máscaras, checagem de temperatura corporal, visitas cronometradas e distanciamento social, garantido por uma planta do local revisada para a inclusão de corredores mais largos.

Com a regra de uso obrigatório de máscaras, visitantes da Art Basel voltam a frequentar feiras físicas de obras de arte
Com a regra de uso obrigatório de máscaras, visitantes da Art Basel voltam a frequentar feiras físicas de obras de arte (Art Basel/Divulgação)

Além das exibições in loco e das “cabines de satélite”, uma mostra totalmente virtual corria em paralelo para audiências ao redor do mundo. Nomeada Art Basel Live: Hong Kong, a exposição continha uma programação com salas online, visitas guiadas e transmissões diárias do que ocorria no evento físico – e foi visitada por colecionadores particulares de mais de 30 locais, de Coreia do Sul a Indonésia. O sucesso do evento indica que as feiras de arte estão reconquistando fôlego e se adaptando para os (tão aguardados) tempos pós-pandêmicos, uma vez que o formato híbrido deve se manter para as próximas edições.

“A versão digital é algo que planejamos estender permanentemente”, disse ao The New York Times Marc Spielger, diretor global da Art Basel, que também tem edições em Basileia, na Suíça, e em Miami. “Desenvolvemos todo um arsenal de técnicas para que acessem nossos programas digitalmente. A pandemia nos equipou para fazermos um trabalho melhor para quem não pode comparecer presencialmente.” Com mais de 50 galerias participando via cabine de satélite, o diretor garante que há um “apetite para inovação” e “confiança no trabalho” da Art Basel.

Outrora vibrante, o mercado de arte foi duramente afetado pela pandemia do coronavírus. Em relatório anual da Art Basel, divulgado em março deste ano, em 2020 houve uma queda de 22% em relação às vendas do ano anterior. Ao todo, foram registrados cerca de 50,1 bilhões de dólares em obras de arte e antiguidades – uma turbulência que não era sentida desde a crise financeira de 2009. A boa notícia é que a pandemia também foi responsável por um impulso nas vendas online: com recordes 12,4 bilhões de dólares comercializados, o setor virtual apresentou 25% do valor total das ações comerciais das galerias, frente à marca de 9% em 2019. É de se esperar que, agora, com o ritmo da vacinação já permitindo um vislumbre da vida pré-pandêmica no horizonte, o cenário volte a melhorar.

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