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Em ‘Annabelle’, a boneca convence mais que os atores

O longa dirigido John R. Leonetti, de ‘Efeito Borboleta 2’, pode até saciar a sede de sustos de fãs do gênero, mas também pode promover momentos cômicos

Por Mariana Amorim
9 out 2014, 17h14
A boneca Annabelle do filme 'Invocação do Mal'
A boneca Annabelle do filme ‘Invocação do Mal’ (VEJA)

A performance de Invocação do Mal, em 2013, pode explicar a boa estreia de Annabelle nos Estados Unidos, na semana passada. O longa atraiu aos cinemas americanos gente que esperava algo semelhante ao que foi o sucesso de James Wan (Jogos Mortais), em que a boneca, hoje trilhando carreira solo, faz uma breve aparição. Em seu primeiro final de semana em cartaz nos EUA, Annabelle arrecadou 37,1 milhões de dólares (cerca de 89,2 milhões de reais) em bilheteria, perdendo em receita apenas para o thriller Garota Exemplar, e por pouco: o filme de David Fincher (Clube da Luta) fez 38 milhões de dólares. Mas só isso mesmo para explicar que tantos tenham corrido aos cinemas para ver Annabelle, que estreia nesta quinta-feira no Brasil.

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Escrito por Gary Dauberman (de Swamp Devil), o roteiro do filme foi baseado em depoimentos reais sobre a boneca, mas ainda assim, boa parte da trama do filme é ficção. A boneca realmente existe e está trancada no museu de objetos sobrenaturais de Lorraine Warren, o Warren Occult Museum, em Connecticut, nos Estados Unidos. Lorraine é viúva de Ed Warren – o casal, que protagonizou Invocação do Mal, foi responsável por investigar mais de 10 000 casos paranormais nos EUA, entre eles o da boneca Annabelle. Nos arquivos de Ed e Lorraine, consta que o brinquedo foi dado de presente a uma universitária americana em meados de 1970, e que começou a apresentar comportamentos estranhos, como aparecer em lugares diferentes da casa, escrever bilhetes misteriosos e tentar estrangular um amigo dela. A garota resolveu consultar uma médium para tratar do caso e constatou-se que a boneca abrigava a alma de uma garotinha chamada Annabelle — daí o seu nome. Depois disso, o brinquedo foi entregue ao casal Warren. O objetivo de Dauberman neste longa foi criar uma narrativa que servisse de início à trajetória macabra da boneca.

Dirigido por John R. Leonetti (Efeito Borboleta 2) e estrelado pela atriz Annabelle Wallis (de X-Men: Primeira Classe) e por Ward Horton (de The Mighty Macs), Annabelle se arrasta em meio a interpretações rasas dos atores, um susto aqui e outro ali, e passagens toscas, como a felicidade forçada da protagonista ao ganhar uma boneca macabra de olhos esbugalhados e amedrontadores. Os atores não convencem no quesito emoção-e-entrega ao papel. Exemplo disso é a personagem Mia (Annabelle) que, mesmo após ser perseguida pelo demônio em carne e osso, consegue manter a aparência impecavelmente linda.

https://youtube.com/watch?v=jAw1nwD_BJo%3Flist%3DUUEOVI4AmQE01FDKNFunkV2w

O filme traz a história de John e Mia Form, em 1969, em Santa Monica, Califórnia, Estados Unidos. Eles são um casal no início da vida familiar e esperam a chegada do primeiro bebê, Leah. A boneca entra na vida dos Form como um presente de John para sua esposa para que ela complete a sua coleção de bonecas.

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Certa noite, Pete e Sharon Higgins, vizinhos de John e Mia Form, são atacados por sua filha, que se chama Annabelle, e pelo namorado, ambos seguidores de uma seita satânica que desejam evocar um espírito maligno por meio da morte dos pais dela. John e Mia também têm a casa invadida e são feridos com facas por eles. Os dois são salvos por policiais, e os assassinos, mortos. Tudo ótimo, se não fosse um detalhe: o sangue da garota Annabelle cai sobre o olho da boneca dos Form, o que os levará ao seu pior pesadelo: o brinquedo, além de ser moradia para a alma perturbada da menina que assassinou os pais, também cumpre a missão maligna de se tornar portal para a passagem do mal que assombrará a família.

Mia começa a ser surpreendida por acontecimentos suspeitos, cujo início coincide com o final da sua gravidez: portas que são fechadas bruscamente, livros que caem da estante, toca-discos e máquina de costura que ligam sozinhos e um incêndio repentino. São coisas que acontecem de maneira inexplicável, orquestradas pela entidade macabra e invisível que usa a boneca para atormentar as suas vítimas.

O apelo é forte, mas a previsibilidade do roteiro e a fraca interpretação dos atores fazem a boneca sem vida superar seus colegas de elenco humanos. Os efeitos especiais, os gritos, as músicas e o clima de suspense até dão susto. Mas falta um ingrediente importante para um bom filme de terror: a convicção de que poderia ser real. Com isso, a possibilidade do longa marcar a mente do espectador é quase nula. Vale ressaltar o desfecho preguiçoso, que não poderia ser menos surpreendente.

‘Poltergeist’

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Lançada em maio de 2015, a pegadinha teve recepção morna nas redes sociais. Após três dias de lançamento, o vídeo tinha apenas 380.000 visualizações. Na brincadeira, coisas estranhas começam a acontecer quando uma babá é chamada para cuidar de uma menina em uma casa mal assombrada. 

Menina Fantasma ataca no metrô

Primeiro grande sucesso do SBT em pegadinhas, a Menina Fantasma foi notícia até no exterior em 2012, quando foi lançada no Programa Silvio Santos. Agora, volta para assombrar os passageiros do metrô do Ceará, que no final de março de 2015 sofreram um “ataque” de zumbis.

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Zumbis no Metrô

Na onda do sucesso de outras pegadinhas de terror, Silvio Santos investiu na produção dos Zumbis no Metrô. Para a filmagem, foram necessários 70 figurantes, que passaram por 10 horas de caracterização para se tornarem “zumbis”. As gravações duraram dois dias e ocorreram à noite, quando o metrô fica mais vazio.

‘Annabelle’

A boneca Annabelle é a estrela de nova pegadinha de terror de Silvio Santos. O cenário da pegadinha foi a Residência Joaquim Franco de Melo, um casarão localizado na Avenida Paulista. Na brincadeira, duas pessoas que não sabem de nada são contratadas para a limpeza de alguns cômodos da casa. Elas começam pelo quarto de um bebê, um ambiente intrigante com bonecas, livros e quadros antigos e, claro, a boneca Annabelle, sentada placidamente em uma cadeira de balanço. O terror tem início após o choro de um recém-nascido ecoar de um berço vazio. 

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Menina-fantasma

A sequência em que uma menina-fantasma assusta pessoas dentro de um elevador, exibida em 2012, virou assunto na imprensa internacional, como no tabloide britânico The Sun e no site americano Gawker. Os veículos consideraram a piada muito assustadora e questionaram os limites do formato conhecido como “câmera escondida”. “A pegadinha chega a ser uma tortura”, avaliou o Gawker. O The Sun comparou o vídeo às cenas do filme de terror O Chamado. No YouTube, a gravação atingiu a marca de 32 milhões de visualizações.

https://youtube.com/watch?v=PZzYMTNXoBo

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‘Carrie, a Estranha’

A campanha de divulgação do filme Carrie, a Estranha assustou muita gente em Nova York, em outubro de 2013, e serviu de inspiração para mais uma pegadinha terrível de Silvio Santos. Nela, um café serve de cenário para atores simularem cenas parecidas com as do longa de terror e pegarem os frequentadores de surpresa. O vídeo no YouTube foi visto mais de 4 milhões de vezes.

 

https://youtube.com/watch?v=qxkvt19zFSE

Chucky

Em novembro de 2013, após o sucesso da pegadinha da menina-fantasma em seu programa de domingo, Silvio Santos voltou a aterrorizar as pessoas com um personagem bem conhecido do cinema. Chucky, o boneco serial killer da franquia Brinquedo Assasino, foi o protagonista de uma das pegadinhas assustadoras do programa. A brincadeira aconteceu na rua, com um boneco similar ao do vilão do filme de terror. No YouTube, o vídeo teve mais de 19 milhões de cliques.

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