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Documentarista nega acusar biólogo de matar boto no ‘Fantástico’

Mark Grieco chama de ‘sensacionalista’ versão de que seu filme ‘A River Below’, sem previsão de chegar ao Brasil, faça denúncia contra Richard Rasmussen

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2017, 15h17 - Publicado em 10 Maio 2017, 09h51

O americano Mark Grieco, diretor de A River Below, filme sobre a matança de botos cor-de-rosa e, de maneira geral, sobre a ameaça que sofre a biodiversidade da Amazônia, nega que o documentário acuse o biólogo brasileiro Richard Rasmussen de pagar pescadores para matar um boto e mostrar o assassinato em uma reportagem exibida pelo Fantástico, da Globo. Os boatos sobre o filme, que ainda não tem previsão de ser exibido no Brasil, começaram no início desta semana e já foram refutados por Rasmussen e pela Globo, que disse ter tomado as medidas necessárias para garantir que não havia irregularidade com as imagens antes de levar ao ar a reportagem.

“Eu categoricamente nego a alegação de que meu documentário acusa Richard Rasmussen de pagar para matar, ou de matar um golfinho”, diz Mark Grieco em um comunicado enviado em primeira mão para VEJA. Golfinho é o modo como o cineasta chama o boto. “Isto é evidentemente falso e absolutamente não é o que o filme e nossa equipe tenham declarado ou acreditam. Sem ter assistido ao documentário, é irresponsável e talvez perigoso para a vida das pessoas que dele participaram divulgar essa alegação sensacionalista.”

De acordo com Grieco, A River Below estreou há duas semanas em Nova York “para um público limitado” e não tem data para chegar ao Brasil, o que ele espera que ocorra “muito em breve”. “E, assim (vamos) poder continuar esta discussão, que não será baseada em especulação, mas sim em fatos”, afirma.

“Em última análise, A River Below é sobre os botos ameaçados, as pessoas que lá estão tentando salvá-los e a complexidade de realizar esta tarefa quase impossível no mundo de hoje. Os comentários sensacionalistas e imprecisos sobre o filme, ao qual poucos assistiram, desviam a atenção da verdadeira questão, que é a questão central do filme: o que precisa ser feito para que o público e o governo tomem medidas para proteger uma espécie ameaçada de extinção, após conservacionistas, tais como Richard, já por uma década estarem alertando para parar com esta matança?”, continua o cineasta em sua nota.

Em conversa com VEJA, o produtor do documentário, Torus Tammer, atribui o episódio a uma interpretação errada de resenhas feitas sobre o filme.

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Confira abaixo o comunicado de Mark Grieco, na íntegra:

Declaração de Mark Grieco, diretor do documentário, A RIVER BELOW.

Quarta-feira, 10 de maio de 2017

O filme estreou há duas semanas em Nova York para um público limitado, e foi um grande choque ver as manchetes da imprensa brasileira nos últimos dias fazendo declarações imprecisas sobre Richard Rasmussen, o filme e eu.

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Eu categoricamente nego a alegação de que meu documentário acusa Richard Rasmussen de pagar para matar, ou de matar um golfinho. Isto é evidentemente falso e absolutamente não é o que o filme e nossa equipe tenham declarado ou acreditam. Sem ter assistido ao documentário, é irresponsável e talvez perigoso para a vida das pessoas que dele participaram divulgar essa alegação sensacionalista.

Meus produtores e eu tomamos o máximo cuidado para contar a história de Richard, a história do pescador, e a situação terrível do golfinho cor-de-rosa do Amazonas. Temos retratado vários lados da história de uma forma equilibrada, que permite aos personagens contarem suas versões com suas próprias palavras. O nosso filme levanta grandes questões, mas deixo para o público e para a imprensa tomarem suas próprias conclusões, só depois de terem assistido ao filme.

Em última análise, A River Below é sobre os botos ameaçados, as pessoas que lá estão tentando salvá-los e a complexidade de realizar esta tarefa quase impossível no mundo de hoje. Os comentários sensacionalistas e imprecisos sobre o filme, ao qual poucos assistiram, desviam a atenção da verdadeira questão, que é a questão central do filme: o que precisa ser feito para que o público e o governo tomem medidas para proteger uma espécie ameaçada de extinção, após conservacionistas, tais como Richard, já por uma década estarem alertando para parar com esta matança?

Muito em breve, espero poder ter a oportunidade de exibir o filme no Brasil e, assim poder continuar esta discussão, que não será baseada em especulação, mas sim em fatos.

– Mark Greico, Director do A RIVER BELOW

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