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‘Depois de Tudo’ leva para o cinema ‘No Retrovisor’, peça de Marcelo Rubens Paiva

Filme de João Araújo marca o primeiro trabalho cinematográfico de Maria Casadevall, atriz que se formou no teatro e hoje faz carreira na TV

Por Henrique Castro
7 nov 2015, 10h25

A peça No Retrovisor, escrita em apenas quatro dias por Marcelo Rubens Paiva, acaba de estrear, nos cinemas, como o longa Depois de Tudo, desde quinta em cartaz. A obra, protagonizada por Marcelo Serrado e Otávio Muller, chega às telas renovada. No palco, dois atores apenas contavam histórias, lembrando o passado de dois amigos que se reencontram após anos separados por uma briga. Já o filme conta com uma personagem à qual, no espetáculo, os dois apenas aludiam: Bebel, primeiro papel no cinema de Maria Casadevall, atriz que se formou no teatro e hoje faz carreira na TV.

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A trama do filme gira em torno de dois amigos, Ney (Serrado) e Marcos (Muller). Os dois se reencontram depois de muitos anos e passam a relembrar o passado e os acontecimentos que levaram a um distanciamento entre eles. Os dois voltam a se ver por causa da internação de uma amiga em comum, Bebel. E é então que o espectador passa a conhecer a história dos dois na juventude, trazida em cenas do passado dos dois. As versões jovens de Ney e Marcos são interpretadas respectivamente por Rômulo Estrela e César Cardadeiro. A partir disso, sutilmente, o espectador percebe que o desentendimento entre os amigos se deu por conta de Bebel, mas o motivo permanece um mistério, que vai se esclarecendo aos poucos. Ney se tornou um músico de sucesso e ficou cego, vítima de um acidente, cuja causa é outra dúvida que fica na cabeça de quem assiste, e tem uma velha mágoa de Marcos, por nunca o ter visitado no hospital. Maria Casadevall atua nessas cenas do passado dos amigos.

O maior desafio da adaptação para o cinema foi justamente a criação das cenas que não existiam no palco e, principalmente, da personagem interpretada por Maria, centro da trama. “A maior dificuldade foi exatamente fazer a Bebel, que na peça existia apenas em um imaginário, porque o Marcelo Rubens Paiva escreveu a peça com duas personagens de carne e osso, que eram o Ney e o Marcos, e uma personagem feita da imaginação dos dois. Criar Eu procurava prestar atenção à maneira como o Otávio e o Marcelo se referiam a essa criatura e era sempre com muita libido e força. Isso foi me alimentando”, diz Maria.

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A atriz parece à vontade em seu primeiro trabalho no cinema. No elenco da novela I Love Paraisópolis, encerrada nesta sexta, ela diz que se concentra sempre no trabalho que realiza e não no meio no qual está atuando. Ao site de VEJA, ela comparou o cinema com o teatro, que a sua primeira referência na carreira. “Eu costumo dizer que o teatro é uma apresentação do eterno. Ali, você abre uma janela para a eternidade, para que as pessoas enxerguem a eternidade de alguma maneira. O cinema é uma eternização do efêmero. Você eterniza aquele momento”, diz. “Independentemente do meio, teatro, cinema ou televisão, meu projeto é me expressar.”

À medida que Marcos e Ney vão se reaproximando, a história do que aconteceu – e os separou – vai se revelando, sempre em flashbacks. Neles, as atenções se voltam para Bebel, que se muda para o prédio dos amigos e começa a ter um caso com Marcos. A eminente eclosão da briga, que não se sabe quando vai acontecer nem por qual motivo, cria um clima angustiante, injetando drama no filme. Porém, o humor dá as caras com frequência e muitas vezes de modo ácido, como nas piadas que Marcos faz sobre cegueira a fim de afetar Ney. Em um momento, ele diz que o amigo não iria reparar na bagunça da sua casa, uma vez que não poderia enxergá-la. “Diria que o filme é um dramedy, transita da comédia para o drama, do drama para a comédia”, diz Serrado.

O enredo também explora bastante o tema da juventude. A trilha sonora, Legião Urbana, as angústias dos amigos em relação ao futuro e, posteriormente, a constatação do que se tornaram, permite uma reflexão acerca das dúvidas do começo da vida adulta. “A vida é dura para todo mundo. Você escolhe uma profissão, mas às vezes tem que trocar, tem que ganhar grana. E talvez seja esse o motivo dos jovens se identificarem com a história”, explica Muller.

A transição por vezes confusa entre o passado e o presente na tela atrapalha um pouco o andamento do filme. Mas o longa faz bem o papel a que se propõe, reconstrói com competência a peça de Paiva e coloca em debate os assuntos relativos às incertezas juvenis e o significado e importância de uma amizade forte como a de Marco e Ney, mesmo que desgastada pelo tempo. Uma temática que não é nova, mas que sempre vale uma releitura.

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‘Tropa de Elite 2’

Sequência de Tropa de Elite, que causou furor em 2007, o longa estrelado por Wagner Moura e dirigido por José Padilha foi lançado em outubro de 2010 com um grande esquema de segurança para evitar vazamento e pirataria e arrastou mais de 11,1 milhões de espectadores aos cinemas. A produção policial se tornou não só a líder em bilheteria entre os longas da retomada, mas também derrubou do topo do ranking geral do cinema brasileiro o clássico Dona Flor e seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto, que teve 10,7 milhões de ingressos vendidos. 

https://youtube.com/watch?v=qF77lmF8-CU

‘Se Eu Fosse Você 2’

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Dirigido por Daniel Filho, o filme cômico é continuação de Se Eu Fosse Você (2006), outro sucesso de público. Na trama, o casal Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires) trocam pela segunda vez de corpos durante uma crise no casamento. A produção fez 6,1 milhões de espectadores em 2009. 

‘2 Filhos de Francisco: a História de Zezé Di Camargo e Luciano’

A cinebiografia dirigida por Breno Silveira acompanha a trajetória da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, do começo difícil, em meio à pobreza da zona rural de Goiás, até o estrelato. A produção foi lançada em agosto de 2005 e levou 5,3 milhões de espectadores aos cinemas. 

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‘De Pernas pro Ar 2’

Assim como no primeiro filme da franquia, de 2010, Alice (Ingrid Guimarães) quase perde o marido por ser viciada em trabalho. Na trama, ela passa um tempo em uma clínica para tratar do estresse. Depois, a empresária leva a família a Nova York com o pretexto de tirar férias, mas na verdade tem reuniões do trabalho marcadas na cidade americana. Dirigida por Roberto Santucci, a comédia da produtora carioca Morena Filmes foi lançada em dezembro de 2012 e fez 4,8 milhões em público. 

‘Carandiru’

Dirigido por Hector Babenco, o filme de 2003 é baseado no livro Estação Carandiru, do médico Drauzio Varella, no qual ele conta as suas experiências como médico do antigo presídio paulista, nos anos 1980. O roteiro vai até o massacre ocorrido em 1992. O drama vendeu mais 4,6 milhões de ingressos. 

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‘Minha Mãe É uma Peça’

Lançada em junho de 2013, a comédia Minha Mãe É uma Peça, dirigida por André Pellenz, conquistou 4,6 milhões de espectadores ao mostrar a rotina de Dona Hermínia, uma mãe dedicada, interpretada pelo humorista Paulo Gustavo. Hiperativa e sem filtros, a personagem é inspirada na mãe do ator, que primeiro a levou para os palcos de teatro, em um espetáculo bem-sucedido em bilheteria.  

‘Nosso Lar’

O drama espírita, baseado no livro de mesmo nome de Chico Xavier, acompanha a trajetória pós-morte de André Luiz (Renato Prieto), que passa pelo purgatório e depois vai à cidade sobrenatural de Nosso Lar.  Dirigido por Wagner de Assis, a produção foi lançada em setembro de 2010 e levou 4 milhões de espectadores aos cinemas. 

‘Até que a Sorte nos Separe 2’

Dirigido por Roberto Santucci, o filme narra a nova aventura financeira de Tino (Leandro Hassum), que no primeiro longa ganha 100 milhões de reais na loteria e torra tudo em futilidades. Na sequência, o personagem, que está pobre, ganha uma nova bolada oriunda de uma herança. Ele vai com a família para Las Vegas onde, novamente, gasta tudo, e, pior, fica devendo para a máfia mexicana. O longa lançado em dezembro de 2013 fez 3,9 milhões de espectadores. 

‘Se Eu Fosse Você’

O primeiro filme da série estrelada por Tony Ramos e Glória Pires mostra a primeira vez em que o casal passa por uma mudança de corpos, culpa de um alinhamento raro entre os planetas. A comédia de Daniel Filho foi lançada em janeiro de 2006 e fez 3,6 milhões de espectadores. 

‘De Pernas pro Ar’

Com Ingrid Guimarães, o filme, lançado em dezembro de 2010, narra a história de uma mulher que vive para o trabalho e entra em crise no casamento. Ao conhecer a dona de um sexshop, ela descobre um novo filão de negócios e também uma maneira de melhorar a sua vida sexual. A produção dirigida por  Roberto Santucci fez 3,5 milhões de pagantes. 

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