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‘Demolidor’: O Justiceiro não se preocupa com a moralidade, diz ator

Jon Bernthal, que ficou famoso como o Shane de ‘The Walking Dead’, reforça o elenco da série da Netflix na segunda temporada, disponibilizada nesta sexta-feira no serviço

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 mar 2016, 08h29

Depois de ficar conhecido como o antagonista Shane na série The Walking Dead, o ator Jon Bernthal vai voltar a viver um personagem de moral nebulosa em um seriado, desta vez em Demolidor. Na segunda temporada da produção da Netflix, disponibilizada no serviço nesta sexta-feira, 18, o americano interpreta Frank Castle, que nos quadrinhos da Marvel assume a identidade do Justiceiro, personagem marcado pela perda da mulher e do filho que resolve combater o crime e brigar por justiça usando meios como tortura e assassinato. Em entrevista ao site de VEJA, o ator explica que a primeira motivação de Castle, porém, não é limpar as ruas dos bandidos, mas sim vingar a morte de sua família. “A missão dele é bastante pessoal: ele quer descobrir quem cometeu o crime e quer matá-los também, da forma mais brutal possível. Ele não está preocupado com a moralidade, em fazer a coisa certa”, afirma.

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A visão de justiça e crime do Justiceiro entra em conflito com a de Matt Murdock (Charlie Cox), o Demolidor. Na primeira temporada da série, o personagem principal combateu injustiças com violência, espancando e tirando sangue dos inimigos – mas não chegava até as últimas consequências, triando a vida deles. “Quando ele conhecer o Demolidor, o relacionamento deles vai ser o de dois adversários, mas só no começo. Acho que a relação vai crescer e se tornar respeitosa, de admiração entre as duas partes e eles vão aprender um com o outro”, afirma Bernthal, que diz também ter virado fã das histórias do Justiceiro depois de ser escalado para o papel. “Uma das melhores partes desse trabalho foi poder ler o maior número de histórias do personagem que eu conseguia. E serei um fã eternamente agora, ele é fascinante.”

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Confira abaixo a entrevista completa com Jon Bernthal:

Nos quadrinhos, Frank Castle não se importa em usar métodos não convencionais para fazer justiça. O que você acha desse comportamento? O Frank Castle passou por uma situação verdadeiramente traumática, ele vê sua mulher e seu filho serem assassinados bem na frente dele. Ele está abalado por causa disso, sentindo muita raiva, dor e tristeza, além de ódio de si mesmo. Em um primeiro momento na série, a missão dele é bastante pessoal: ele quer descobrir quem matou sua família e quer matá-los também, da forma mais brutal possível. Castle não está preocupado com a moralidade, em fazer a coisa certa, com a justiça ou em limpar as ruas de Hell’s Kitchen. Ele não se importa com o que os outros pensam, é algo pelo qual ele está passando e, como pai e marido, eu entendo isso.

No decorrer da temporada essa questão vai ser tratada de forma mais profunda? Para o meu personagem essa temporada vai servir para isso, sim, conforme os episódios forem passando e os outros personagens surgirem na vida dele e começarem a afetar sua rotina, especialmente o início de seu relacionamento com o Demolidor. Ele é um cara que não tem exatamente um desejo de aliviar a dor que sente, ele vive em um mundo sombrio e não tem interesse nenhum em mudar isso. Quando ele conhecer o Demolidor, o relacionamento deles vai ser o de dois adversários, mas só no começo. Acho que a relação vai crescer e se tornar respeitosa, de admiração entre as duas partes e eles vão aprender um com o outro. Mas essa filosofia do Justiceiro vai, eventualmente, surgir em Frank Castle.

Vemos esse tipo de discussão na vida real, principalmente nas redes sociais. Acha que o seriado tenta trazer discussões atuais para a história? Toda vez que um programa de televisão, filme ou qualquer obra de arte consegue apresentar perguntas ao público e fazer com que a sociedade avalie seus assuntos e problemas, é algo ótimo. Fazer surgir um debate é uma das coisas mais importantes que você pode esperar de uma obra de arte. Nosso trabalho é fazer as perguntas, sem dar as respostas.

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Você ficou famoso para o público brasileiro principalmente por sua participação na série The Walking Dead. Continuou a assistir ao seriado após a saída de seu personagem da história? Não assisto mais ao programa, estou meio atrasado. Amo aqueles caras, as pessoas que fazem a série, são algumas das pessoas mais próximas de mim, mas não estou vendo mais, apesar de amar o seriado.

Você era ou se tornou fã de quadrinhos depois de ser escalado para esses papéis, já que tanto The Walking Dead como Demolidor são baseados em HQs? Eu sou um grande fã do Justiceiro agora. Uma das melhores partes desse trabalho foi poder ler o maior número de histórias do personagem que eu conseguia. E serei um fã eternamente agora, acho que ele é fascinante.

Depois de fazer sucesso no cinema, os super-heróis ganharam a televisão. O que acha desse momento que eles estão vivendo na TV convencional e em serviços de streaming? É uma grande honra, faz muito sucesso. E acho que há muitas formas diferentes de entrar nesse mundo. Amo o que fizeram com o Demolidor no ano passado, Charlie Cox (intérprete do Demolidor) conseguiu criar um personagem incrivelmente humano, não é um super-herói, é um homem com suas falhas e desejos humanos. Ele criou um personagem tridimensional. É uma das representações mais profundas, sombrias e autênticas do universo Marvel. É o lugar perfeito para um personagem como o Justiceiro aparecer.

Você assiste a outras séries de super-heróis? Eu vi Demolidor e Jessica Jones. Gostei muito de Jessica Jones também porque, assim como Demolidor, apresenta esse universo de uma forma única, com uma personagem que não era definida apenas por sua força sobre-humana, mas sim por suas falhas e desejos. Achei que foi uma apresentação corajosa e ousada.

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https://youtube.com/watch?v=-KGftw5LZqM

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