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Criticado por Neil Young, podcast negacionista está banido do YouTube

Um dos programas mais populares do Spotify, ‘The Joe Rogan Experience’, promove temas negacionistas e anti-vacina

Por Gabriela Caputo Atualizado em 28 jan 2022, 18h26 - Publicado em 28 jan 2022, 18h12

Notório divulgador de temas negacionistas e anti-vacina, o humorista americano Joe Rogan, dono do podcast The Joe Rogan Experience, viu recentemente um de seus episódios ser excluído do YouTube. Publicado em 31 de dezembro de 2021 e com duração de pouco mais de três horas, o programa trata de uma entrevista com o médico imunologista Robert Malone. Na conversa, Malone afirma de maneira delirante que a sociedade estaria sendo hipnotizada para acreditar em vacinas e outras medidas de combate à pandemia, comparando a Alemanha nazista aos Estados Unidos de hoje. O médico também já protagonizou outros conteúdos virais que tecem críticas à vacinação e foi expulso do Twitter. O tal episódio polêmico, no entanto, encontrou um porto seguro no Spotify, e ainda pode ser ouvido por lá, apesar dos inúmeros apelos para sua remoção.

Em 2020, segundo o Wall Street Journal, o Spotify, uma das maiores plataformas de streamings do mundo, pagou pela exclusividade do podcast, que também uma das maiores audiências do mundo, 100 milhões de dólares. Reside aí, portanto, o principal motivo do Spotify relutar em retirar o programa do ar. O palanque garantido no Spotify despertou a indignação de diversos artistas. O mais notório deles até o momento é Neil Young, que pediu para a plataforma retirar suas músicas do ar (e foi atendido) enquanto ela continuar hospedando o podcast. 

O podcast já foi criticado também no mês passado por 270 médicos e educadores, que apelaram ao Spotify para que parasse de divulgar o conteúdo. Em comunicado divulgado pelo The New York Times, a empresa defendeu a “liberdade dos criadores” e disse já ter removido milhares de episódios de podcasts relacionados à Covid. “Queremos que todo o conteúdo de música e áudio do mundo esteja disponível para os usuários do Spotify. Com isso, vem uma grande responsabilidade em equilibrar a segurança para os ouvintes e a liberdade dos criadores. Temos políticas de conteúdo detalhadas em vigor e removemos mais de 20 000 episódios de podcasts relacionados à Covid desde o início da pandemia”, defendeu a empresa. “Lamentamos a decisão de Neil de remover sua música do Spotify, mas esperamos recebê-lo de volta em breve.”

A discussão entre Neil Young e a plataforma rendeu a hashtag “#CancelSpotify” no Twitter, e outros artistas também se posicionaram contra a decisão da empresa. A atriz Mia Farrow mencionou o Spotify em seu perfil, questionando: “Você escolheu manter o assustador e perigoso mentiroso Joe Rogan ao invés do magnífico Neil Young?”. O diretor da OMS, Tedros Adhanom, também se manifestou em seu perfil na rede social, em apoio ao músico. “Obrigado por se levantar contra a desinformação e imprecisões em torno da vacinação contra a Covid-19”, escreveu o diretor. “Setor público e privado, em particular plataformas de mídias sociais, mídia, indivíduos – todos temos um papel a desempenhar para acabar com essa pandemia e infodemia”.

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