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Criatividade vence cover: no ‘Superstar’, não há espaço para imitações

Reality show de bandas supera 'The Voice Brasil' no quesito originalidade, e pode abrir caminho a uma leva de artistas - enfim - com músicas próprias

Por Da Redação
26 abr 2014, 19h52

Quem esperava um The Voice Brasil de bandas surpreendeu-se com o que viu até agora nas noites de domingo do Superstar. Se no reality das cadeiras giratórias ser bom “imitador” pode impressionar os técnicos, no programa ao vivo comandado por Fernanda Lima o truque é causar impacto com algo que os jurados e o público não conhecem. A banda CW7, que tem oito anos de carreira, descobriu a diferença entre os dois formatos de forma trágica: os quatro integrantes escolheram o refrão marcante de You Oughta Know, de Alanis Morissette, e não conseguiram chegar aos 70% de aprovação necessários para sobreviver na disputa. Dinho Ouro Preto deu uma bronca na banda: “Eu conheço vocês, as composições de vocês! Por que não cantaram uma música própria?”, perguntou, para decepção dos roqueiros.

Não há motivo para ser comedido nos dois minutos de teste que o programa abre para as bandas candidatas. Com muito mais improviso e sujeito a gafes, Superstar é, para a própria emissora, uma aposta de risco: é a estreia do modelo de votação por aplicativos de celular e tablet, e toda a temporada é de apresentações ao vivo. Até agora, dos dezoito aprovados, seis cantaram composições próprias. E outros fizeram interpretações originais, subvertendo a música como foi conhecida até – caso de Mary Di, que fez um rock de Meu Sangue Ferve Por Você, de Sidney Magal. A banda Move Over conseguiu impressionar – acredite! – cantando Kate Perry, e saiu do palco com elogios de Dinho, Ivete Sangalo e Fábio Jr..

O futuro do programa e das atrações em teste no Superstar é uma incógnita. Mas se os participantes de agora olharem para o que acontece com os vencedores e os participantes das duas temporadas do The Voice Brasil, perceberão que o melhor é mesmo investir em composições próprias e em originalidade. A visibilidade proporcionada pelo horário nobre da TV abriu as portas do mercado fonográfico – ou o que dele sobrou, na era do MP3, do iTunes e dos downloads ilegais – a quem se destacou no The Voice Brasil. Mas os cantores de covers não tinham muito a mostrar. Uma pena.

Discos – Dom Paulinho Lima, a voz rouca, cheia de suingue que causou impacto com Lets Get it On, de Marvin Gaye, lançou um álbum com regravações de clássicos da soul music. Cabe a pergunta: por que comprar o CD de Dom Paulinho, em vez de ouvir os clássicos da Motown? Lucy Alves, outra finalista, até escolheu um convidado de peso – Alceu Valença divide com ela o vocal de Tropicana. Mas a regravação não tem inovação que justifique optar pela parceria, em vez de ouvir só com o criador.

Nem o vencedor escapou das gravações pasteurizadas, produzidas a toque de caixa. Sam Alves, que encantou o Brasil interpretando When I Was Your Man, de Bruno Mars, prosseguiu no The Voice Brasil sempre com interpretações de músicas já coladas ao ouvido do público. Saiu-se bem. E, agora, o CD lançado pela Universal Music é nada mais que uma repetição. Novamente, fica a dúvida: ouvir Bruno Mars com Bruno Mars, ou com Sam Alves?

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Audições

Na primeira fase, até 50 bandas concorrentes podem se apresentar atrás do telão e, sem saber a porcentagem adquirida, apenas acompanham no painel as fotos daqueles que votam. Quando atingem 70% de votos a favor, o telão sobe, as bandas se revelam e são classificadas para a próxima fase. No final desta etapa, ficam 24 bandas.

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