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Criador do Inhotim é condenado à prisão por lavagem de dinheiro

O empresário Bernardo Paz, idealizador do museu a céu aberto em Minas Gerais, recebeu a pena de 9 anos e 3 meses

Por Da redação
Atualizado em 28 nov 2017, 22h33 - Publicado em 17 nov 2017, 00h16

O empresário Bernardo Paz, criador do Instituto Inhotim, foi condenado pela Justiça Federal a 9 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro, em decisão divulgada nesta quinta-feira. Sua irmã, Virgínia de Mello Paz, recebeu pena de 5 anos e 3 meses em regime semiaberto pelo mesmo crime. As defesas negam as acusações e recorreram da sentença.

Localizado perto de Belo Horizonte, o Inhotim é o maior centro de arte ao ar livre da América Latina, contendo uma enorme variedade de plantas e um importante acervo de arte contemporânea. O museu a céu aberto foi idealizado por Paz nos anos 1980.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) em 2013 acusava Paz e Virgínia de praticarem lavagem de dinheiro entre 2007 e 2008, usando suas empresas para dissimular “a origem e a natureza de recursos provenientes da sonegação de contribuições previdenciárias”.

Na época, Bernardo Paz era proprietário do grupo Itaminas, conglomerado composto por 29 empresas das áreas de mineração e siderurgia e que foi vendido a chineses por 1,2 bilhão de dólares em 2010.

A procuradoria afirma, em sua denúncia, que uma dessas organizações, a Horizontes, criada por Paz para manter o Instituto Inhotim a partir de doações de suas outras empresas, recebeu 98,5 milhões de dólares de um fundo sediado nas Ilhas Cayman. O dinheiro teria sido então repassado “para o pagamento dos mais variados compromissos de empresas de propriedade de Bernardo de Mello Paz, tendo sido constatados diversos saques em espécie nas contas do grupo sem que se pudesse identificar o destino final dos valores”. Para a Justiça, essas operações indicam a prática de sonegação previdenciária, “seguida da ocultação e dissimulação dos valores”.

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Inhotim

As defesas de Bernardo e Virgínia afirmam que as movimentações financeiras são regulares e que a decisão deve ser revista na segunda instância.

Em nota, o Instituto Inhotim afirmou que é uma “instituição sem fins lucrativos, qualificada pelo governo estadual como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), sem ligação com as empresas de Bernardo Paz, não respondendo ou participando, portanto, de nenhuma questão de âmbito pessoal que o envolva”.

O Instituto Inhotim tem um dos maiores acervos de arte contemporânea do mundo (//VEJA)
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