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Como Will Smith transformou superação pessoal em grande negócio

Em 2021, o astro de Hollywood lançou autobiografia, reality-show sobre emagrecimento, documentário sobre a natureza e pode ser indicado ao Oscar

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 dez 2021, 19h08 - Publicado em 7 dez 2021, 12h10

A despeito de 2021 ter sido um dos anos mais trágicos do século XXI para a maioria da população do planeta, em decorrência da pandemia de Covid-19, Will Smith, aos 53 anos, parece estar vivendo um dos melhores momentos da vida. Atuando em todas as áreas, da literatura ao cinema, o astro de Hollywood lançou a biografia Will, que se tornou um dos best-sellers do ano, o documentário Bem Vindo à Terra, da National Geographic e o reality-show The Best Shape of My Life, no YouTube Originals, que acompanha seu processo de emagrecimento. Para coroar a boa fase, se tudo der certo, ele ganhará sua terceira indicação ao Oscar (com grandes chances de levar a estatueta), por sua atuação no filme King Richard: Criando Campeãs, sobre o pai das tenistas Serena e Venus Williams.

Indicado a cinco Globos de Ouro e duas vezes ao Oscar de melhor ator, Will Smith virou o boa-praça predileto do showbiz americano. Carismático e divertido, o artista é hoje uma das personalidades mais rentáveis do meio, com seus últimos filmes rendendo, somados, mais de 6 bilhões de dólares em bilheteria em todo mundo.

Parte desse interesse ao redor do artista foi despertado quando ele abriu os detalhes íntimos da sua vida, demonstrando não ser aquele tipo de artista infalível. Nos últimos anos, Smith revelou que vive em casamento aberto com sua esposa, Jada Pinkett Smith, e demonstrou estar antenado às diversidades sociais – inclusive entre os filhos, Jaden, de 23 anos, e Williow, de 20. O primeiro declarou se identificar como não-binário e a menina segue carreira como cantora pop. A empatia em torno do ator se intensificou após o lançamento da biografia Will, em que Smith relembra da infância e dos comportamentos violentos do pai. No livro, ele diz que guarda sentimentos dúbios em relação à figura paterna, após testemunhar uma agressão à sua mãe, fato que o marcou até hoje.

Na seara profissional, Smith cultiva a imagem de bom-moço e abraça causas de alcance global. No documentário Bem Vindo à Terra, viaja a lugares deslumbrantes para alertar para a preservação da natureza. “Tenho uma confissão a fazer. Nunca escalei uma montanha. Nunca nadei em um lago. Entrei uma vez em uma caverna. Começo a achar que estou perdendo algo”, diz ele no filme. Já no reality-show de emagrecimento, Smith vai além da guerra com a balança: encarou o desafio como uma jornada de auto-descobrimento. “Percebi que conheço pouco sobre mim. Descobri que a imagem de rapper na música ou de caçador de aliens nos cinemas foi cuidadosamente construída para me proteger, para me esconder do mundo. Para esconder um covarde”, afirma o astro sincerão de Hollywood.

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Essa imagem se reflete ainda na escolha dos personagens que ele decidiu abraçar nos cinemas. Smith interpreta pessoas que superaram as dificuldades e deram a volta por cima, como em Ali (2001), cinebiografia do boxeador Muhammad Ali, e na ficção À Procura da Felicidade (2006). Agora, em King Richards: Criando Campeãs, a temática da superação continua presente. No enredo, ele dá vida a Richard Williams, que enfrenta o preconceito racial no tênis, um esporte com poucas atletas negras, pela obsessão de fazer das filhas vencedoras. Com um método de treinamento desenvolvido por ele, Serena e Venus se tornaram das mais bem-sucedidas atletas da história do esporte. A auto-descoberta de Will Smith, quem diria, também se transformou em um grande negócio.

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