Cláudia Raia se divide entre Sally, de ‘Cabaret’, e Lívia, de ‘Salve Jorge’
Atriz estreia temporada carioca do musical e se prepara para começar a gravar, em julho, a nova novela de Glória Perez, que substituirá 'Avenida Brasil'
Cláudia Raia não sossega. Em 2011, mal terminou sua participação em Ti-Ti-Ti, partiu para uma superprodução, o musical Cabaret, onde vive Sally Bowles, a personagem de Liza Minelli no filme de Bob Fosse. Em 2012, assim que terminar a temporada carioca da peça, em julho, começa a gravar Salve Jorge, a novela das 21h que substituirá ‘Avenida Brasil’ no fim do ano. Cláudia será a grande vilã da trama de Glória Perez. E, desde já, Lívia, uma traficante de seres humanos, divide as atenções e o tempo da atriz com a prostituta Sally. “O tema do tráfico de pessoas é muito pesado, e eu sou a cabeça do tráfico. Tenho que estudar à beça, quero ver todos os filmes que falem sobre o assunto antes de começar a gravar”, diz Cláudia.
A atriz fez, na segunda-feira, um ensaio aberto para apresentar a temporada carioca de Cabaret, um projeto que a fez recusar papéis em dois sucessos da TV Globo que voltarão ao ar este ano: Gabriela, que será reescrita pelo novelista Walcyr Carrasco; e Guerra dos Sexos, de autoria de seu amigo Silvio de Abreu. “O Walcyr e o Roberto Talma são pessoas maravilhosas com quem já trabalhei bastante, mas não dá para fazer ‘Gabriela’ e ‘Cabaret’ ao mesmo tempo.
Em relação a ‘Guerra dos Sexos’, é horrível dizer não ao Sílvio de Abreu. Todo mundo sabe que ele é um dos autores que mais gosto de trabalhar. Mas foi por uma boa causa. Não é todo dia que a gente tem um sucesso assim no teatro”, conta a atriz.
O trabalho em Salve Jorge vai inaugurar uma etapa ainda mais pesada de trabalho, na qual Cláudia vai ser Sally e Lívia simultaneamente. “A novela da Glória se adaptou aos dias que eu tinha disponíveis, por isso vai dar para fazer”, diz a atriz. A novela começa a ser gravada em julho, quando termina a temporada carioca de Cabaret. Quando o folhetim estiver no ar, Cláudia será dispensada das gravações nos fins de semana em que atriz estiver se apresentando em outras cidades. “Aí, é aquela loucura de pegar avião para lá e avião para cá”, prevê.
Cabaret estreia no Rio de Janeiro na sexta-feira, depois de temporada bem sucedida em São Paulo. A encenação é um sonho antigo de Cláudia, que teve que recusar o papel em 1989, por estar comprometida com as gravações da novela Rainha da Sucata. “Passei mais de 20 anos perseguindo a Sally. Vi umas seis montagens da peça pelo mundo, até conseguir comprar os direitos autorais. Eu me uni a outro maluco igual a mim, que é o Sandro Chain para produzir esse espetáculo”, diz.
Depois do Rio, onde fica até julho o Teatro Casagrande, Cabaret passará por quatro outras cidades e voltará à capital paulista no segundo semestre.