Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ciro Pessoa, um dos fundadores dos Titãs, morre aos 62 anos de Covid-19

O artista que compôs músicas como 'Sonífera Ilha' lutava contra um câncer e, nas idas e vindas ao hospital, contraiu o coronavírus

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 Maio 2020, 13h11 - Publicado em 5 Maio 2020, 12h56

O músico Ciro Pessoa, um dos fundadores dos Titãs, morreu na madrugada desta terça-feira, 5, em decorrência das complicações causadas pelo Covid-19. Há alguns anos ele lutava contra o câncer e contraiu o coronavírus recentemente, nas idas e vindas ao hospital para tratar o tumor. A informação foi confirmada nas redes sociais pelos ex-colegas de banda Branco Mello e Sérgio Britto. O corpo deverá ser cremado e, quando a quarentena acabar, os amigos planejam fazer um show em sua homenagem.

No início dos anos 1980, Ciro Pessoa foi um dos responsáveis por juntar um grupo de amigos e fundar os Titãs. Ciro é um dos compositores de Sonífera Ilha, ao lado de Branco Mello, Tony Belotto e Marcelo Fromer. Ele também escreveu Homem Primata, com Belotto, Mello, Fromer e Carlos Barmarck.

Ciro deixou os Titãs em 1983, antes do grupo gravar o primeiro álbum. Em seguida, fundou o Cabine C, dono do hit do underground paulistano Neste Deserto, e que chegou a ter na sua formação o guitarrista Edgard Scandurra. A banda, no entanto, não teve sucesso nacional, ficando restrita ao circuito rock de São Paulo. Ciro seguiu em carreira solo e ao longo dos anos fundou novas bandas, como o Flying Chair. 

No Facebook, a ex-mulher do músico e mãe de sua filha, Isabela Johansen, lamentou a morte. “Ele estava lutando contra o câncer e acabou contraindo Covid-19. Foi internado, mas infelizmente não resistiu”, escreveu. “Ciro encontrou sua Sonífera Ilha e deixou para nós um mar de alegria e amor. E, claro, o maior presente que eu poderia sonhar”.

ASSINE VEJA

Moro fala a VEJA: ‘Não sou mentiroso’ Em entrevista exclusiva, ex-ministro diz que apresentará provas no STF das acusações contra Bolsonaro. E mais: a pandemia nas favelas e o médico brasileiro na linha de frente contra o coronavírus. Leia nesta edição. ()
Clique e Assine

Branco Mello escreveu no Instagram que está profundamente triste com a partida de Ciro. “Foi dele a ideia de reunir os amigos compositores no começo dos anos 80 para fazermos uma banda de rock. Assim formamos os Titãs. Siga em paz querido Ciro. Descansa meus olhos, sossega minha boca, me enche de luz”. 

O ex-titã Nando Reis também homenageou o amigo no Instagram. “Acabo de saber da morte de Ciro Pessoa, membro importante na formação dos Titãs, amigo constante de convivência e conversação na época. São Paulo era nossa cidade, espaço-lugar para nossa criação e trânsito”, escreveu. “Algumas das músicas mais emblemáticas dessa fase do nosso repertório tinham sua participação: Sonífera Ilha, Baby Índio, Homem Primata, Dona Nenê. Outras, nunca gravadas, mas tocadas em todos os buracos onde nos apresentamos, fazem parte do ideário new-wave que marcou a pré-história do que vieram a ser os Titãs no Iê-iê”.

Continua após a publicidade
View this post on Instagram

Estou profundamente triste com a partida nessa madrugada do meu irmão, músico, poeta e primeiro grande parceiro, Ciro Pessoa. Foi dele a idéia de reunir os amigos compositores no começo dos anos 80 pra fazermos uma banda de rock. E assim formamos os Titãs. Siga em paz querido Ciro. Descansa meus olhos, sossega minha boca, me enche de luz …

A post shared by Branco Mello (@brancomello) on

View this post on Instagram

…e as notícias ruins não cessam, não param de chegar, a cada manhã um golpe, a destruição do que foi construído, as mortes em sucessão velocíssima. Acabo de saber da morte de Ciro Pessoa, membro importante na formação dos Titãs, amigo constante de convivência e conversação na época. São Paulo era nossa cidade, espaço-lugar para nossa criação e trânsito. Frequentávamos a padaria CPL, ali na João Moura; Ciro sempre com seu casaco verde de brim, Jornal da Tarde embaixo do braço. Ensaiávamos todos os dias e juntos fazíamos os backing vocais: eu, Ciro, Branco, Paulo, Arnaldo, Britto. Algumas das músicas mais emblemáticas dessa fase do nosso repertório tinham sua participação: Sonífera Ilha, Baby Índio, Homem Primata, Dona Nenê. Outras, nunca gravadas, mas tocadas em todos os buracos onde nos apresentamos, fazem parte do ideário new-wave que marcou a pré-história do que vieram a ser os Titãs no Iê-iê: Lilian, a Suja; Johny Cristel… Ele se foi, a vida continua, a música é eterna, e a tristeza me invade. Ciro Pessoa, pessoa única, marcou minha vida.

A post shared by Nando Reis (@nandoreis) on

View this post on Instagram

Hoje perdemos Ciro Pessoa, amigo querido e membro da formação original dos Titãs. Muito triste com tudo isso…

A post shared by Sérgio Britto (@sergiobritto_oficial) on

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.