Cientistas batizam nova espécie de sapo em homenagem à banda Led Zeppelin
De Beyoncé a Arnold Schwarzenegger, outros animais também já foram batizados com nomes de famosos; relembre alguns deles
Uma nova espécie de sapo, com manchas amarelas, marrom, preta e laranja pelo corpo e olhos vermelho-acobreado, foi descoberta nos Andes equatorianos, na Cordilheira del Cóndor, e batizada em homenagem à banda Led Zeppelin. O Pristimantis ledzeppelin foi encontrado pelos cientistas David Brito-Zapata e Carolina Reyes-Puig, fãs do grupo de rock, numa área pouco explorada do país onde já foram descobertas outras 28 espécies de sapos nos últimos dois anos.
Os cientistas alertaram, no entanto, que a nova espécie corre o risco de ser pisoteada, já que a rica biodiversidade de seu habitat está sendo ameaçada pela agricultura, extração de madeira, mineração e mudanças climáticas. Como se trata de uma espécie endêmica, provavelmente, esse sapo não será encontrado em nenhum outro lugar do mundo, daí a importância de preservar o local. Ele foi encontrado em uma folha de arbustos, cerca de 3 metros acima da água. Os machos adultos crescem até 2,4 cm de comprimento enquanto as fêmeas medem até 3,6 cm.
Embora seja curioso batizar uma nova espécie com o nome do Led Zeppelin, essa prática não é incomum entre os pesquisadores. Em 2016, por exemplo, o nome da cantora Beyoncé foi usado para batizar uma espécie raríssima de mosca na Austrália, a Scaptia beyonceae. O motivo? O abdômen inferior do bicho é dourado, parecido com as roupas que ela usou no clipe de Bootylicious, do grupo Destiny’s Child.
Os dinossauros do rock Mick Jagger e Keith Richard, dos Rolling Stones, também foram homenageados, emprestando seus nomes a trilobitas, animais marinhos que viveram na era Paleozoica: Aegrotocatellus jaggeri e Perirehaedulus richards. Já o nome do Exterminador do Futuro e ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, foi lembrado quando uma nova espécie de besouro superforte foi descoberto, o Agra schwarzeneggeri.
A lista é longa e pode crescer ainda mais. Cerca de 1,5 milhão de espécies já foram descobertas desde que a humanidade começou a catalogá-las. Estimativas recentes apontam que já passaram pela Terra cerca de 8,7 milhões de espécies diferentes. Cerca de 25% delas ainda não foram catalogadas e estão no Brasil, Indonésia, Madagascar e Colômbia.