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Cidade francesa de Albi reabre museu de Toulouse-Lautrec

Por Da Redação
30 mar 2012, 10h02

Luis Miguel Pascual.

Albi (França), 30 mar (EFE).- A cidade francesa de Albi, onde nasceu Henri Toulouse-Lautrec (1864-1901), reabrirá no dia 2 de abril o museu que conta com a maior coleção do pintor pós-impressionista, com o objetivo de se tornar ponto turístico, a exemplo do que foi feito em Bilbao, com o Museu Guggenheim.

‘Conhecemos bem o exemplo de cidades que relançaram seu turismo em torno de um museu ou de uma obra arquitetônica importante, como Valência e Barcelona’, assegura à Agência Efe o prefeito de Albi, Philippe Bonnecarrère.

Para isso, a cidade investiu 38 milhões de euros em reformas que, durante dez anos, mudaram a fisionomia do museu de Toulouse-Lautrec, que abriga mil obras do pintor.

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O museu será outro ponto de referência para atrair turistas para Albi, que em 2010 foi declarada pela Unesco Patrimônio da Humanidade.

‘O número de turistas já vem crescendo, mas esperamos que com a reabertura do museu confirme esta tendência e aumente ainda mais’, diz o prefeito.

‘Albi é uma cidade com um patrimônio reconhecido, uma cidade de cultura, e queremos construir um patrimônio do século XXI, como o de Bilbao’, acrescenta.

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Localizado no Palácio Episcopal de Albi, a poucos passos da catedral do século XIII feita de tijolos – marca característica nas construções da cidade -, o museu expõe cerca de 200 obras do artista, que fazem uma resenha de toda sua carreira, desde os pintores que mais o influenciaram até seus quadros, cartazes e gravuras mais conhecidas.

‘Trata-se da coleção de referência de Toulouse-Lautrec, reunida neste museu graças ao interesse de sua mãe que, depois da morte do artista, não quis que se espalhasse’, afirmou a diretora do museu, Danièle Devynck.

Filho de uma família aristocrática francesa, Toulouse-Lautrec sofreu de uma doença nos ossos provocada pela consanguinidade de seus pais, que eram primos.

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Afetado pelos problemas de saúde, o pintor recebia cuidados de sua mãe que, no entanto, não conseguiu acompanhá-lo até Paris, onde sua concepção artística chegou ao auge.

Foi ali que o artista reinventou os cartazes da noite parisiense e onde pintou os quadros mais famosos dos bordéis de Pigalle, nos quais passava muito tempo.

‘Seu olhar era o de uma testemunha, não de um juiz, e isso criou uma revolução. De certa forma, lembra a obra de Francisco de Goya, que se limita a dar testemunho do que vê’, assegura Danièle.

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O museu propõe um percurso cronológico e temático entre as salas antigas do Palácio Episcopal. Suas obras de infância, a maturidade do artista e seus quadros mais representativos, junto com algumas obras dos fundos do museu e outras emprestadas pelo de Orsay, entre elas uma de Henri Matisse, que mostram as influências que marcaram a vida de Toulouse-Lautrec.

É um percurso inovador, em um lugar que, por si só, já é ‘de grande beleza’, segundo a diretora, assinalando que a iniciativa valoriza ‘duas joias, a coleção de Toulouse-Lautrec e o Palácio Episcopal’.

A coleção chegou a Albi depois de vários museus parisienses a rejeitarem.

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‘Naquele momento não era muito bem-visto os museus pendurarem telas pintadas em bordéis’, explica Danièle.

Agora, com a força de um nome ‘reconhecido internacionalmente’, segundo o prefeito, Albi espera tirar proveito da herança de seu filho mais conhecido e se transformar em um ponto de atração turística.

Outras cidades francesas tentam fazer algo parecido, como Metz, que abriu o Centro Pompidou em um prédio futurista, ou Lens, que abrirá uma filial do Museu do Louvre. EFE

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