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Chico Buarque, sobre biografias: ‘Posso ter me precipitado’

Em entrevista à 'Folha', cantor afirma que pode não estar muito por dentro das lei, mas mantém posição: 'O cidadão tem o direito de não querer ser biografado'

Por Da Redação
18 out 2013, 09h35

Chico Buarque voltou a se manifestar a respeito da mordaça às biografias, defendida pelo grupo Procure Saber, do qual faz parte, desta vez em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira. Chico, que desmentido no mesmo dia teve de se desculpar com o jornalista e historiador Paulo Cesar de Araújo, biógrafo censurado pelo cantor Roberto Carlos, por afirmar nunca ter concedido uma entrevista a ele, agora afirma: “posso até não estar muito bem informado sobre as leis e posso ter me precipitado, mas eu acho e continuo achando, que o cidadão tem o direito de não querer ser biografado, como tem o direito de não querer ser fotografado ou filmado. Parece que não”.

O cantor afirma ainda que não foi o Procure Saber – grupo formado por medalhões da MPB, como Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Djavan, Roberto Carlos, entre outros, liderados pela empresária Paula Lavigne – que deu início a briga. “O que tem que ficar claro é que nós não começamos esse movimento. O movimento para modificar a lei partiu da Associação Nacional de Editores”, afirma. Em julho de 2012, a Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel) impetrou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação de Inconstitucionalidade Indireta (ADI) 4.815 que pede que sejam declarados inconstitucionais os artigos 20 e 21 do Código Civil, aqueles que condicionam a publicação de biografias ao aval dos personagens retratados ou de seus herdeiros. A ADI está sob os cuidados da ministra Cármen Lúcia.

“O que a gente pretendia era deixar as coisas como estão, no sentido de se poder preservar a privacidade de qualquer cidadão”, declara Chico. “Nós somos pequenos nessa briga. Repito: posso ter me enganado. Eu julgava que eu estava tendo uma posição sensata.”

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Conhecidos pela posição contra a censura em tempos de regime militar, com músicas que se tornaram clássicos como É Proibido Proibir e Cálice, a postura de tais compositores contra a liberdade de expressão surpreende. Sobre isso, Chico afirma que apontá-los como censores é “um pouco pesado” e, novamente, se diz pouco conhecedor da legislação. “Parece que a lei é ambígua – é a informação que eu tenho. Também não estou muuuiiito por dentro da legislação, posso dizer aqui algum despropósito. São as informações que tenho. Estou me baseando nelas e na minha intuição pessoal”, diz.

Leia a íntegra da entrevista cedida pelo cantor ao jornal.

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