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Chegada bilionária da Universal à bolsa expõe como digital salvou a música

Monetização de novas tecnologias como Alexa, carros conectados e até TikTok revitalizou indústria fonográfica, que passou da crise aguda à euforia

Por Tamara Nassif 21 set 2021, 14h04

A manhã desta terça-feira, 21, marcou a chegada homérica do Universal Music Group ao mercado de ações de Amsterdã: avaliada em mais de 52 bilhões de dólares, a gravadora é a maior estreia do ano na bolsa europeia. A cifra vistosa era antecipada por alguns como o pico da recuperação da indústria musical liderada por plataformas de streaming como o Spotify, que frearam perdas provocadas pela pirataria e revolucionaram a forma como consumimos música. Mas essa guinada ainda é fichinha para o presidente da gigante fonográfica, Lucian Grainge: segundo ele, uma onda de crescimento ainda maior está por vir, graças às novas tecnologias do mundo digital. Estão inclusos no pacote alto-falantes inteligentes, como a Alexa, da Amazon, carros conectados e até redes sociais como o TikTok, que vem revitalizando o segmento com tendências virais.

“As taxas de penetração de serviços digitais em alguns dos maiores países do mundo ainda não atingiram as marcas de mercados mais maduros”, disse Grainge ao The Guardian. “Quando adicionamos à equação o movimento crescente de ouvir música por alto-falantes controlados por voz, carros conectados, redes sociais, jogos, fitness e assim por diante, percebemos que estamos apenas no início de uma nova onda de consumo.”

Em valores, cerca de 10% dos quase 22 bilhões de dólares em receitas globais de streaming de 2020 vieram de licenças de reprodução de alto-falantes inteligentes, jogos online e plataformas de esporte, como o Peloton, aplicativo de exercícios que bomba nos Estados Unidos. O dado é de Mark Mulligan, analista da empresa de estatísticas Midia Research. “A música está indo para todos os lugares. Programas de TV, publicidade, TikTok, Instagram… O streaming foi o pontapé inicial, que reavivou a indústria e está mantendo as luzes acesas, mas não é mais o único fator. Investidores estão comprando catálogos de música e mercados emergentes estão crescendo. A indústria parece estar em pico de crescimento”, disse.

Graças ao mundo digital, a Universal, maior gravadora do mundo e representante de artistas como Lady Gaga e Metallica, driblou a queda de vendas em produtos físicos e viu seu desempenho crescer em disparada nos últimos anos. Se, há uma década, a receita era de 5,73 bilhões de dólares, a deste ano caminha para quase o dobro, na casa dos 10,9 bilhões de dólares. “Para nós e para a indústria, há muito mais por vir”, celebra Grainge.

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