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Chanel leva luxo a Cuba em desfile histórico

Apresentação inédita aconteceu em Havana e contou com a presença de Gisele Bündchen

Por Da Redação
4 Maio 2016, 10h47

Celebridades como a supermodelo Gisele Bündchen, o ator americano Vin Diesel e a ex-editora-chefe da revista Vogue Paris, Carine Roitfeld, atenderam na terça-feira ao chamado da Chanel para presenciar em Cuba seu primeiro desfile na América Latina, em uma reunião de famosos nunca antes vista em Havana. Uma das musas preferidas do diretor criativo da marca francesa, Karl Lagerfeld, a britânica Stella Tennant, foi a encarregada de abrir o espetáculo, que aconteceu no emblemático Passeio do Prado da capital cubana.

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Tennat desfilou um look andrógino composto por uma jaqueta azul marinho e calças listradas, arrematado por um chapéu Panamá e clássicos sapatos masculinos de dois tons. O duo franco-cubano Ibeyi, formado por duas irmãs que acabam de colaborar com Beyoncé em seu recente álbum Lemonade, foi o encarregado de levar música ao vivo ao show, acompanhado pelo pianista cubano Aldo López-Gavilán.

Entre os convidados mais assediados estava Vin Diesel, protagonista da saga Velozes e Furiosos – que atualmente roda cenas na cidade -, que chegou ao Prado vestido com a tradicional camisa guayabera cubana e cumprimentando o público de dentro de um “almendrón”, antigo carro da década do 1950 muito típico na ilha. “Estou gostando de Cuba mais do que poderia imaginar”, afirmou o ator após percorrer as imediações do mítico Passeio havanês, repleto de blogueiros e personalidades da moda internacional.

Também em um “almendrón” e vestida com um conjunto de top e saia vermelhos da marca parisiense chegou a Havana Vieja a brasileira Gisele Bündchen, contando em espanhol o quanto Cuba “lhe encantou”. Também não quiseram perder o desfile, a atriz Tilda Swinton e a modelo Alice Dellal, outra das musas de Karl Lagerfeld.

Nos últimos anos a Chanel instaurou como costume apresentar as propostas de sua coleção Crucero em paraísos turísticos ao longo do mundo. “A riqueza cultural e a abertura de Cuba ao mundo fazem do país uma fonte de inspiração para Karl Lagerfeld e para a Chanel”, declarou a marca em um comunicado. Esta é a razão pela qual decidiram incluir Havana em um percurso que já os levou por Miami, Veneza, Cingapura, Dubai e Seul.

Além da apresentação da coleção da Chanel, no último domingo, aconteceu o vernissage da exposição Work in Progress, que traz mais de 300 imagens feitas por Karl Lagerfeld. O evento, na galeria de arte Factoría Habana, no centro antigo e tombado da capital, contou com a presença do estilista e, naturalmente, elevou as expectativas em torno do desfile.

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Em março, a capital cubana recebeu a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e, no mês passado, os Rolling Stones pararam a cidade com uma apresentação de sua nova turnê – o primeiro show de rock em décadas. Na segunda-feira, ainda, chegou a Havana o navio Cruzeiro Paquete Adonia, com 700 passageiros que pagaram entre 2.600 e 9.000 dólares pela viagem – há 38 anos, não se via ali um navio vindo de Miami.

Trata-se de um encontro surpreendente entre o mundo do Fidel, sem marcas, sem cartão de crédito, sem tecnologia, quase sem internet e com um comércio superlimitado, e o da Chanel, que é de altíssimo luxo, da vanguarda fashion e no topo de uma indústria bilionária. Mas a intenção é atrair os holofotes mesmo. Lagerfeld costuma escolher destinos inesperados ou exóticos para apresentar essa coleção, que ocorre entre as apresentações formais da Semana de Moda de Paris e traz roupas próprias para o veraneio. Seul, na Coreia do Sul, e Dubai, nos Emirados Árabes, foram palco dos últimos dois desfiles do gênero.

A estética decadente de Havana, cidade litorânea fundada em 1592 com construções luxuosas erguidas principalmente entre as décadas de 1920 e 1940, serviu de cenário para uma série de ensaios fotográficos de moda nos últimos meses. No Brasil, as revistas Marie Claire e Vogue há anos exploram o cenário onírico para suas fotos. Desde que os Estados Unidos restabeleceram relações com Cuba, as revistas de moda americanas iniciaram também uma cruzada à ilha. Rihanna, por exemplo, foi capa da revista Vanity Fair de novembro posando em um carro antigo em Havana. A modelo Adriana Lima também esteve lá, posando para a revista W. Marcas como Proenza Schouler e Stella McCartney têm citado a ilha como uma influência para as suas criações. Agora é a vez da Chanel.

(Da redação com agências EFE e Estadão Conteúdo)

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